29 de jan 2025
Estilo pessoal em risco: o impacto das micro tendências do TikTok na moda atual
A estética "Demure" substitui o "Brat Summer", refletindo novas preferências. Micro tendências e "Fashion Burnout" impactam estilo pessoal na era digital. Redes sociais promovem democratização da moda, mas intensificam consumismo. Estilos pessoais se tornam efêmeros, moldados por algoritmos de plataformas. Geração Z adapta tendências, mas corre risco de perder autenticidade no vestir.
“Posso saber o tempo de tela de uma pessoa apenas pela sua 'roupa', afirma sobre as tendências estéticas que obsessivamente dominam o mundo digital a jornalista de moda e cultura digital Alexandra Hildreth. (Foto: Britt Erlanson/Getty Images)”
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Nos últimos dias, a estética Demure, caracterizada pela discrição e modéstia, substituiu o caótico Brat Summer, que dominou o verão. As tendências estéticas, como Tomato Girl, Barbiecore e Dark Academia, continuam a evoluir rapidamente, muitas vezes com popularidade efêmera, durando menos de uma semana. Essa dinâmica é impulsionada por algoritmos em plataformas como Pinterest e TikTok, que permitem que os usuários mudem sua estética pessoal diariamente, mas também podem levar ao fenômeno conhecido como Fashion Burnout, uma saturação de tendências que prejudica o estilo individual.
A moda é definida como um fenômeno social que reflete as tendências de uma época, enquanto o estilo pessoal é uma forma de comunicação não verbal. Segundo Belén Fernández de Alarcón, especialista em história da moda, esses conceitos não são novos e podem ser observados em movimentos passados, como o punk dos anos setenta e o yuppie dos anos oitenta. As estéticas atuais, como Barbiecore e High Value Woman, estão ligadas a mudanças sociais e culturais, refletindo contextos políticos e sociais contemporâneos.
A psicóloga Shakaila Forbes-Bell destaca que a busca por um estilo próprio é motivada pelo desejo de reconhecimento e construção da imagem pessoal. No entanto, a popularidade das redes sociais e a facilidade de consumo têm transformado o panorama da moda, levando a uma repetição de micro tendências que podem resultar em um estilo pessoal fragmentado e desconectado. Mina Le observa que essa dinâmica é semelhante à curiosidade temporária por uma nova pessoa em um ambiente social, que rapidamente se esgota.
Embora as redes sociais tenham democratizado a moda e promovido novos designers, também fomentam um consumismo exacerbado. O estudo Gen-Z and Fashion in the Age of Realism revela que muitos jovens da geração Z adaptam tendências a seus estilos pessoais, em vez de seguir uma estética completa. A originalidade no estilo pessoal enfrenta desafios diante da fluidez das micro tendências, que oferecem uma infinidade de inspirações, mas dificultam a formação de uma identidade estética coesa.
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