04 de mar 2025
Riscos e inovações marcam a Semana de Moda de Milão com mensagens de liberdade e autenticidade
A Milan Fashion Week de 2025 ocorre em um clima econômico instável, com mudanças rápidas. Marcas como Prada e Versace arriscaram em suas coleções, buscando inovação. Gucci e Fendi optaram por consistência, refletindo a rotatividade de diretores criativos. Performances artísticas marcaram desfiles, destacando a busca por novas direções. A indústria da moda enfrenta desafios, com designers buscando respostas em meio à volatilidade.
Foto: Reprodução
Ouvir a notícia:
Riscos e inovações marcam a Semana de Moda de Milão com mensagens de liberdade e autenticidade
Ouvir a notícia
Riscos e inovações marcam a Semana de Moda de Milão com mensagens de liberdade e autenticidade - Riscos e inovações marcam a Semana de Moda de Milão com mensagens de liberdade e autenticidade
A Milan Fashion Week deste ano trouxe à tona a questão do risco no design, refletindo um cenário econômico instável e mudanças nas preferências dos consumidores. As coleções de outono-inverno de 2025 apresentaram uma mistura polarizadora entre a expansão de códigos de marca existentes e a ousadia de inovar. Miuccia Prada e Raf Simons, co-diretores criativos da Prada, enfatizaram a ideia de “liberar ideais tradicionais de feminilidade”, apresentando uma coleção que desafiou a estética habitual da marca. Simons afirmou que “liberação vem com a tomada de riscos – você não pode se libertar se não correr riscos”.
Na Versace, Donatella Versace se inspirou nas residências de seu irmão falecido, Gianni Versace, utilizando emblemas icônicos da marca em silhuetas inovadoras. Embora não tenha realizado uma coletiva de imprensa, sua mensagem foi clara: “Seja você mesmo. Acredite em você. Quebre as regras.” O clima de especulação sobre uma possível venda da Versace para o grupo Prada pairou sobre o desfile, mas a marca não comentou sobre o assunto. Matteo Tamburini, da Tod’s, e Giorgio Armani também abordaram a temática do risco em suas coleções, com Armani destacando que “vestir-se é sempre sobre correr riscos”.
Enquanto isso, a Gucci, sem um diretor criativo após a saída de Sabato de Sarno, apresentou uma coleção que revisitou a história da marca, refletindo um “continuum de artesanato, gosto e cultura”. Silvia Fendi, da Fendi, celebrou o centenário da marca com uma coleção que mesclou passado e presente. Lorenzo Serafini, na Alberta Ferretti, e Adrian Appiolaza, na Moschino, também buscaram coesão em suas propostas, mantendo a essência de suas marcas.
A presença de performances artísticas foi uma tendência marcante, com a DSquared2 trazendo a artista Doechii ao desfile e a Dolce & Gabbana realizando um show que se estendeu para a rua. A Bottega Veneta, enquanto aguardava a nova coleção de Louise Trotter, promoveu um evento íntimo com Patti Smith. No geral, a Milan Fashion Week evidenciou uma indústria em transformação, onde a busca por respostas e a criatividade se tornaram centrais em meio a um ambiente econômico volátil. Versace destacou que a criatividade deve prevalecer, mesmo quando executivos buscam estilos mais comercializáveis.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.