Sarah Burton compartilha sua visão para a Givenchy em entrevista à Vogue

Em janeiro de 2024, a designer Sarah Burton se prepara para sua estreia na Givenchy, programada para março, durante a semana de moda de Paris. Com uma carreira consolidada na Alexander McQueen, onde foi assistente de Lee McQueen, Burton traz uma bagagem significativa, especialmente após a saída de Matthew M. Williams e Clare Waight Keller, que deixaram a marca em busca de uma nova identidade. A designer destaca a importância da alfaiataria e dos vestidos na essência da maison, afirmando que a Givenchy sempre teve um DNA que combina ambos.

Burton se inspira no primeiro desfile de Hubert de Givenchy, realizado em 1952, e encontrou moldes antigos durante uma reforma em um hôtel particulier, que a motivaram a retornar às raízes da marca. Ela enfatiza que a Givenchy começou com uma estética limpa e pura, diferente da imagem associada a Audrey Hepburn. A designer planeja trazer essa simplicidade para suas criações, focando em cortes que valorizem a silhueta feminina, como paletós com ombros arredondados e vestidos que desafiam a gravidade.

A estilista é conhecida por sua abordagem prática e detalhista, realizando várias provas para cada peça. Durante o processo criativo, ela questiona aspectos como a forma do godê e a leveza do tule, sempre buscando o equilíbrio entre estética e conforto. Burton acredita que a moda deve ser vivida e respirada, e não apenas capturada em fotos, refletindo sua preocupação com a experiência da mulher que veste suas criações.

Ao abordar a questão da representação feminina na moda, Burton compartilha sua experiência pessoal, destacando sua formação matriarcal e a importância de mostrar que as mulheres podem ocupar posições de liderança. Com um desfile planejado para um público íntimo de 300 convidados, ela busca criar uma conexão próxima entre as modelos e o público, refletindo a essência da Givenchy em sua nova fase.