19 de mai 2025
Moda se transforma em resistência cultural e política em meio a incertezas globais
O Met Gala deste ano reflete tensões políticas e mudanças na moda, com a rejeição de Donald Trump e o retorno da alfaiataria.
Casal dançando em um clube do Harlem na década de 1930 (Foto: Bettman/Getty Images)
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Como acontece toda primeira segunda-feira de maio desde mil948, o Met Gala ocorreu no Museu Metropolitan de Nova York, reunindo personalidades da moda. O evento, que arrecada fundos para o The Costume Institute, teve sua lista de convidados sob a supervisão de Anna Wintour desde mil novecentos e noventa e cinco. Ao ser questionada sobre quem nunca convidaria, Wintour respondeu: “Donald Trump.”
A rejeição ao ex-presidente reflete a exposição "Superfine: tailoring black style", que celebra a elegância negra. A mostra, com trezentos itens, destaca como homens negros desafiaram o racismo por meio da moda ao longo da história. O evento posiciona o museu como um espaço de resistência cultural, homenageando a cultura negra.
A moda atual apresenta uma tendência de alfaiataria e o retorno das peles, desafiando normas sustentáveis. O paletó cinza se destacou nas coleções de outono-inverno de dois mil e vinte e cinco, simbolizando uma estética de resistência em tempos de incerteza. O "corpcore", inspirado em trajes corporativos, reflete uma busca por poder e status.
O uso de peles, que havia caído em desuso, voltou a ser visto nas passarelas, possivelmente influenciado pelas políticas de Trump. Marcas como Prada e Gucci utilizam peles sintéticas, enquanto outras, como Dolce & Gabbana, optam por peles verdadeiras. Essa mudança desafia a crescente preocupação com a sustentabilidade na moda.
Estilistas como Marc Jacobs e Duran Lantink estão na vanguarda, explorando novas formas e materiais. Lantink, conhecido por seu trabalho com upcycling, sinaliza uma nova era criativa na moda. A contracultura deve emergir, desafiando o conservadorismo, enquanto a moda continua a ser uma ferramenta de poder e resistência.
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