19 de jan 2025
Rafael Bittencourt analisa semelhanças entre canções e aponta plágio de Adele
Rafael Bittencourt, da banda Angra, analisa semelhanças entre músicas. Juiz suspendeu execução de "Million years ago", mas permanece em streaming. Defesa de Adele alega que semelhanças são clichês musicais conhecidos. Laudo de Bittencourt pode impactar processo e direitos autorais de Adele. Advogada de Geraes pede R$ 1 milhão e proibição de apresentações da cantora.
Toninho Geraes e Adele: plágio ou não? (Foto: Fotos de Fernando Lemos e Niklas Halle'n / AFP)
Ouvir a notícia:
Rafael Bittencourt analisa semelhanças entre canções e aponta plágio de Adele
Ouvir a notícia
Rafael Bittencourt analisa semelhanças entre canções e aponta plágio de Adele - Rafael Bittencourt analisa semelhanças entre canções e aponta plágio de Adele
O cantor e compositor Rafael Bittencourt, da banda Angra, está elaborando um laudo para comprovar que a canção “Million years ago”, da britânica Adele, plagiou o samba “Mulheres”, de Toninho Geraes. O documento foi solicitado pela advogada de Geraes, Deborah Sztajnberg. A música de Adele, lançada em 2015 no álbum “25”, apresenta semelhanças com “Mulheres”, gravada por Martinho da Vila em 1995. O juiz Victor Torres determinou a suspensão da canção, embora tenha afirmado que não há provas definitivas de plágio.
A defesa de Geraes contratou uma banda para tocar ambas as músicas em estúdio, apresentando gravações ao juiz, que observou uma “quase integral consonância melódica”. Após uma audiência em dezembro, a execução da canção foi proibida em eventos, mas permanece disponível nas plataformas digitais. O laudo de Bittencourt busca evidenciar que a similaridade entre as canções é um indicativo de plágio. Ele destacou a “sincronicidade perfeita” entre melodia, ritmo e harmonia das obras.
Bittencourt fez uma analogia para explicar a situação, comparando a criação musical a desenhar um trem com características específicas. A defesa de Adele e da Universal Music Publishing argumentou que as semelhanças são resultado de um clichê musical, uma progressão de acordes conhecida desde o período barroco. Para Bittencourt, essa defesa é uma “tentativa desesperada” de justificar a coincidência.
A advogada Sztajnberg elogiou o laudo de Bittencourt, escolhendo-o por sua formação clássica e reconhecimento internacional. Ela acredita que o laudo terá um “impacto brutal” no processo, que pede a retirada total da música de Adele e uma indenização de R$ 1 milhão. Sztajnberg está em Dubai para um congresso sobre direitos autorais, onde falará sobre a liminar que proíbe a execução de “Million years ago”.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.