Alanis Morissette: a influência duradoura de uma ícone do rock alternativo após 30 anos

Alanis Morissette, cantora canadense de 50 anos, se destacou na segunda metade da década de noventa como a solista feminina mais popular do mundo, impulsionada pelo álbum Jagged Little Pill (1995), que vendeu 33 milhões de cópias. Embora seus trabalhos subsequentes, como Supposed Former Infatuation Junkie, não tenham alcançado o mesmo sucesso comercial, sua carreira acumulou 75 milhões de discos vendidos. Morissette, que já havia lançado dois álbuns antes, ganhou notoriedade ao interpretar Deus no filme Dogma (1999), de Kevin Smith.

Após se mudar para Los Angeles, Morissette conheceu o produtor Glen Ballard, que a ajudou a assinar com a Maverick, selo fundado por Madonna. Apesar de ser rotulada como parte do estilo bubblegrunge, Ballard respeitou sua visão artística durante a gravação de Jagged Little Pill. O jornalista musical Toni Castarnado destaca a importância de Morissette e de outras mulheres na indústria musical dos anos noventa, afirmando que suas canções se tornaram parte da cultura de uma geração.

Nos últimos anos, Morissette tem se concentrado mais em sua vida pessoal e em iniciativas de espiritualidade do que em sua carreira musical. Lançou o podcast Conversations with Alanis Morissette em 2015 e, em 2022, lançou o álbum The Storm Before The Calm, voltado para meditação. Sua influência se estendeu a artistas como Olivia Rodrigo, que a citou como inspiração, e a cantora Halsey, que a convidou para colaborar em Alanis’ Interlude.

Morissette está programada para iniciar uma nova turnê mundial em março de 2024, começando no festival Lollapalooza na Argentina. Embora tenha continuado a lançar álbuns, sua nova turnê não contará com material inédito. Castarnado expressa curiosidade sobre a recepção de suas músicas clássicas em um contexto atual, enquanto Morissette se apresenta em várias cidades da Espanha em julho, incluindo A Coruña, Madri e Barcelona.