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Artistas britânicos lançam álbum silencioso em protesto contra uso de IA na música

Mais de 1.000 músicos lançaram o álbum "Is This What We Want?" como protesto. O disco contém doze faixas com barulhos de máquinas, simbolizando o silêncio. Artistas como Kate Bush e Paul McCartney criticam a nova legislação sobre IA. O governo britânico propõe facilitar o uso de obras protegidas por empresas de tecnologia. O manifesto coletivo pede proteção aos direitos autorais e denuncia "roubo de música".

Kate Bush durante turnê em 1979 (Foto: Pete Still/Redferns/Getty Images)

Kate Bush durante turnê em 1979 (Foto: Pete Still/Redferns/Getty Images)

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Mais de mil músicos britânicos, incluindo artistas renomados como Kate Bush, Annie Lennox e Damon Albarn, lançaram nesta terça-feira (25) o álbum Is This What We Want?, que contém doze faixas compostas apenas por silêncio e ruídos ambientes. O projeto visa protestar contra uma proposta de regulamentação no Reino Unido que facilitaria o uso de obras protegidas por direitos autorais para treinar inteligências artificiais (IA). Embora a nova legislação permita que músicos neguem o uso de suas obras, essa negativa deve ser proativa, o que gera preocupações sobre a proteção dos direitos autorais.

O título do álbum, que se traduz em "O governo britânico não pode legalizar o roubo de música em benefício das empresas de IA", reflete a indignação dos artistas. O lucro gerado pela reprodução do álbum será destinado a instituições de caridade que apoiam músicos. O lançamento coincide com o fim do prazo de consulta pública sobre as mudanças na lei de direitos autorais, e grandes veículos de comunicação, como o The Guardian, também se manifestaram sobre o tema.

Artistas como Paul McCartney, Elton John e Dua Lipa assinaram uma carta enviada ao The Times, denunciando que as propostas representam uma entrega incondicional dos direitos e rendimentos dos setores criativos para as grandes empresas de tecnologia. A nova legislação, proposta pelo governo de Keir Starmer, busca atrair investimentos de empresas de tecnologia dos EUA, mas é vista como uma ameaça à proteção da propriedade intelectual que sempre caracterizou o ambiente artístico britânico.

A cineasta e política Beeban Kidron lidera a resistência à nova lei, tendo conseguido interromper temporariamente o processo legislativo. Em uma votação inicial na Câmara dos Lordes, a maioria apoiou a exigência de que as empresas de tecnologia revelem a identidade dos artistas cujas obras pretendem usar. Os artistas expressam o desejo de participar da revolução da IA, mas pedem que o governo proteja seus direitos autorais, afirmando que não há justificativa econômica ou moral para o roubo de suas obras.

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