O espetáculo “Os mambembes”, uma adaptação de Artur Azevedo, chega ao Teatro Casa Grande, no Leblon, após uma turnê de quatro meses pelo Brasil com apresentações gratuitas. O diretor Emílio de Mello descreve a turnê como uma experiência poderosa, onde o elenco, formado por atores renomados, viajou de ônibus por várias cidades, enfrentando desafios e levando o teatro a locais onde muitas pessoas nunca tinham visto uma peça. A montagem, que também será documentada por Cláudia Abreu, busca novos patrocínios para continuar realizando apresentações gratuitas em periferias e outros estados. A peça aborda a vida de uma companhia de teatro itinerante e, durante a adaptação, os criadores decidiram dar mais voz à personagem feminina principal, mudando seu destino para que ela não fosse apenas subjugada. O grupo planeja levar o espetáculo para São Paulo em outubro, mas o desejo é voltar a se apresentar nas ruas, onde a interação com o público é intensa.
O espetáculo “Os mambembes”, adaptação de Artur Azevedo, chega ao Teatro Casa Grande, no Leblon, após uma turnê de quatro meses pelo Brasil. A montagem, que será documentada por Cláudia Abreu, apresenta desafios enfrentados por um grupo de teatro itinerante.
Durante a turnê, o elenco, composto por nomes como Cláudia Abreu, Deborah Evelyn e Paulo Betti, realizou apresentações gratuitas em nove cidades, incluindo Pará e Maranhão. O diretor Emílio de Mello descreve a experiência como uma “oração ao poder do teatro”. A peça, que aborda o coronelismo e as dificuldades da estrada, teve sua estreia em março, no Festival de Teatro de Curitiba.
A nova fase no Teatro Casa Grande traz uma participação fixa de Camí Boher e promete uma experiência metalinguística. O grupo busca novos patrocínios para futuras turnês gratuitas, com o objetivo de levar o espetáculo a periferias e estados do Brasil. Emílio destaca a importância de continuar a levar arte a quem nunca teve acesso a um teatro.
A adaptação de “O mambembe” foi um desafio, com o texto original apresentando oitenta personagens. A nova montagem propõe uma “ciranda de personagens”, onde todos os atores interpretam diversos papéis, independentemente do gênero. A trama também ganha um final alternativo, destacando a força da protagonista Laudelina.
A experiência da turnê foi marcada por reações emocionantes do público, muitos dos quais assistiram a uma peça pela primeira vez. Paulo Betti relembra um episódio em que um homem, inicialmente crítico, se emocionou ao ver o espetáculo. O documentário que será produzido por Cláudia Abreu irá capturar não apenas os bastidores, mas também a cena teatral em cidades como Santa Inês e Itabira.
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