Raul Seixas provocaria polêmica e incomodaria com suas críticas, diz filha

Neste sábado, 28 de outubro, Raul Seixas completaria 80 anos e o projeto "O baú do Raul" promove uma nova edição no Circo Voador, no Rio de Janeiro. O evento contará com a participação de diversos artistas, celebrando o legado do ícone do rock brasileiro.

O projeto, criado em 1992 por Kika Seixas, viúva do cantor, visa homenagear a obra de Raul, que deixou uma vasta produção musical marcada por críticas sociais e reflexões sobre o Brasil. A filha caçula de Raul, Vivi Seixas, de 44 anos, destaca a importância de manter viva a memória do pai. Ela afirma que a responsabilidade de zelar pela obra do cantor cresceu com a maturidade.

Eventos em Destaque

Além do show no Circo Voador, a exposição "O Baú de Raul" será inaugurada no MIS-SP no dia 11 de novembro, apresentando objetos pessoais do artista, como seu primeiro violão e manuscritos. Para os fãs que desejam relembrar sua trajetória, a série "Raul Seixas – Eu sou" estreou no Globoplay no dia 26 de outubro.

Vivi Seixas reflete sobre o impacto que Raul teria hoje, afirmando que ele continuaria a compor letras poderosas, sem a censura que enfrentou em vida. Ela acredita que, se estivesse vivo, Raul ainda provocaria debates e incentivaria as pessoas a terem coragem de lutar por seus sonhos.

Participações e Homenagens

No evento do Circo Voador, artistas como Frejat, Paulinho Moska, Ana Cañas e BNegão se apresentarão, cada um interpretando canções de Raul. O encerramento será com todos os participantes cantando "Sociedade alternativa". Ana Cañas, que retorna ao projeto após dez anos, destaca a atemporalidade das músicas de Raul, que continuam a ressoar com novas gerações.

Em São Paulo, a 100ª apresentação de "Raul Seixas, o musical" também ocorrerá no mesmo dia, enquanto a pré-venda de um compacto com versões inéditas de "Cowboy fora da lei" será iniciada. A Universal Music planeja relançar clássicos de Raul em vinil e um EP em homenagem ao cantor será lançado ainda este ano.

Vivi Seixas conclui que o maior ensinamento deixado por seu pai é seguir o coração e ser feliz, reafirmando que Raul continua mais vivo do que nunca em sua obra.