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Douglas Germano lança 5º álbum com originalidade e alma brasileira

Douglas Germano lança Branco, disco que amplia o samba como linguagem social, com faixas que criticam elites e valorizam a união de trabalhadores

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
Foto: Sofia Colucci
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  • Douglas Germano lança Branco, seu quinto álbum, com 11 faixas que mantêm o samba como base e exploram referências afro, sociais e do cotidiano.
  • O disco reúne parceiros como Roberto Didio, Luiz Antonio Simas, Alfredo Del Penho, Fábio Peron e Márcia Fernandes.
  • Ronda abre o álbum com sonoridade de ferragens e percussões; Zelite critica as elites; Ode do Pode Não Pode defende a união entre trabalhadores; 19 de março celebra crenças.
  • O artista busca uma síntese poética nas letras, sem abrir mão da reflexão social, mantendo o samba em várias possibilidades rítmicas.
  • Germano comenta que a letra de música exige concisão e relembra a faixa Maria da Vila Matilde, destacando a violência contra a mulher e a importância de mudanças reais na sociedade.

Douglas Germano, cantor e compositor paulista, lança o 5º álbum de estúdio, intitulado Branco, com 11 faixas. O trabalho reforça o foco dele no samba, explorando suas possibilidades rítmicas sem deslocá-lo de ser o elemento central da música.

O disco compila uma trajetória que começou em 2009 com Duo Moviola, em parceria com Kiko Dinucci, e seguiu com Orí (2011), Golpe de Vista (2016), Esculhama (2019) e Partido Alto (2021). Branco consolida a identidade do artista.

As referências presentes no álbum vão de elementos afro a questões sociais e do cotidiano. A narrativa musical surge a partir de uma leitura do Brasil, com o selo de uma alma brasileira presente em cada faixa.

Parcerias de peso aparecem na criação, como Roberto Didio, Luiz Antonio Simas, Alfredo Del Penho, Fábio Peron e Márcia Fernandes, que contribuíram para as reflexões do repertório e fortaleceram a linguagem do projeto.

Ronda, faixa de abertura, mescla percussões e instrumentos como cavaco e violão, em diálogo com tambores, atabaques e timbres inusitados. A letra carrega marcas afro e a assinatura autoral de Germano.

Zelite, com Didio, traz crítica às elites, destacando o distanciamento entre o Brasil popular e o que se consome no dia a dia. No refrão, o distanciamento fica claro pelo tom sarcástico.

Ode do Pode Não Pode, parceria com Peron, joga com expressões e possibilidades de união entre trabalhadores, sugerindo ação coletiva. A letra utiliza jogos de palavras para estimular reflexão.

19 de março, Dia de São José, celebra a beleza das crenças populares, ampliando o retrato brasileiro presente no álbum. A composição reforça a diversidade de referências do repertório.

Douglas Germano comenta que compor letra de música exige síntese e perfil de personagem, diferente de escrever crônicas ou poemas. Em Branco, o sambismo é o eixo, mas com espaço para experimentação.

Natural de origem teatral musical, Germano valoriza a experiência prática no samba, lembrando que a bateria de escola de samba propicia uma polirritmia rica. A ideia é ampliar os horizontes do gênero.

O artista já teve músicas gravadas por Fundo de Quintal e Metá Metá, fortalecendo seu histórico como compositor. Entre as obras, Maria da Vila Matilde, registrada por Elza Soares, tornou-se símbolo de denúncia contra a violência.

Germano relembra a própria história familiar relacionada a violência, comentando que a canção Maria da Vila Matilde teve efeito terapêutico ao lidar com memórias dolorosas. Hoje, ele aponta que tais problemas persistem em muitas casas.

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