Medicare aprova cobertura do Zepbound para apneia do sono, ampliando o acesso ao medicamento

Os planos de medicamentos do Medicare agora podem cobrir o medicamento Zepbound, da Eli Lilly, para o tratamento da apneia obstrutiva do sono, conforme confirmado pela CNBC nesta quarta-feira. Essa decisão amplia o acesso ao Zepbound, que até então não era coberto pelo Medicare e por muitos outros planos de saúde para perda de peso. A demanda pelo medicamento injetável aumentou significativamente no último ano, apesar de seu custo aproximado de R$ 5 mil antes da cobertura do seguro.

Em declaração à CNBC, um porta-voz dos Centros de Serviços Medicare e Medicaid (CMS) afirmou que "as regras atuais de cobertura do Medicare Parte D e Medicaid se aplicam" ao Zepbound, após sua aprovação histórica no mês passado para o tratamento da apneia do sono. Os planos do Medicare Parte D podem cobrir medicamentos para obesidade apenas se forem utilizados para um propósito médico adicional aprovado pela Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA). O porta-voz acrescentou que os planos podem exigir autorização prévia para garantir que os medicamentos sejam usados para essa finalidade específica.

O FDA aprovou o Zepbound em 20 de dezembro para pacientes com obesidade e formas moderadas a severas de apneia obstrutiva do sono, que afeta cerca de 20 milhões de pessoas nos Estados Unidos. Os planos do Medicare Parte D também podem cobrir o medicamento Wegovy, da Novo Nordisk, para sua outra indicação aprovada de redução de riscos cardiovasculares. Os medicamentos para diabetes Ozempic e Mounjaro, que são equivalentes ao Wegovy e Zepbound, respectivamente, já são cobertos pelo Medicare e pela maioria dos planos de saúde.

A cobertura do Zepbound pelo Medicaid estadual depende da condição para a qual é prescrito e se o fabricante assinou um acordo de reembolso de medicamentos do Medicaid. Se o Zepbound for prescrito para apneia obstrutiva do sono e a Eli Lilly tiver assinado o acordo, o programa Medicaid do estado deve cobri-lo. No entanto, se for prescrito para perda de peso, a cobertura não é obrigatória. Em novembro, a administração Biden propôs uma regra que permitiria ao Medicare e Medicaid cobrir medicamentos para perda de peso em pacientes com obesidade, o que poderia custar até R$ 175 bilhões aos contribuintes na próxima década. A continuidade dessa proposta sob a administração do presidente eleito Donald Trump permanece incerta.