11 de jan 2025
Olinda inaugura a primeira fazenda urbana de cannabis do Brasil para tratamentos médicos
A Aliança Medicinal inaugurou a primeira fazenda urbana de cannabis em Olinda, em 2023. A produção mensal é de 2 mil frascos de óleo medicinal, com preços entre R$ 150 e R$ 500. Os óleos são utilizados para tratar doenças como depressão e epilepsia, sem efeitos psicoativos. Recentes leis garantem fornecimento de remédios no Sistema Único de Saúde (SUS). A expectativa é aumentar a produção e reduzir preços com a regulamentação e demanda crescente.
Foto:Reprodução
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A maconha, utilizada para fins terapêuticos, ganha novo status no Brasil com o cultivo em escala industrial. A Aliança Medicinal, localizada em Olinda, é a primeira "fazenda urbana" de cannabis do país, funcionando desde março de 2023 após autorização judicial. A associação, criada em 2020, produz remédios à base de maconha, como óleos utilizados no tratamento de doenças como depressão, epilepsia e Parkinson, sem os efeitos psicoativos da planta.
A unidade ocupa um galpão de mil metros quadrados e cultiva mudas em dez contêineres, mantendo temperaturas entre 22 e 30 graus. A produção mensal gira em torno de 2 mil frascos de 30 mililitros, com preços variando de R$ 150 a R$ 500, além do frete que custa a partir de R$ 10 para o Grande Recife. A Aliança Medicinal conta com cerca de 9 mil associados em todo o Brasil.
Atualmente, são oferecidos quatro tipos de óleo, com concentrações de CBD e THC, utilizados para tratar sintomas variados, desde crises convulsivas até ansiedade. A médica Rafaela Espósito destaca que a dosagem é individualizada, dependendo de fatores como alimentação e estresse. A expectativa é que a produção aumente com a regulamentação da distribuição da cannabis terapêutica, já aprovada pela Assembleia Legislativa de Pernambuco e pela Câmara de Vereadores do Recife para o Sistema Único de Saúde (SUS).
Ricardo Hazin, diretor-executivo da Aliança Medicinal, afirma que a capacidade de produção deve crescer para 36 contêineres. Com a regulamentação, espera-se que o preço dos óleos se torne mais acessível, permitindo que a produção se concentre apenas nos custos operacionais. Hazin acredita que a ampliação do uso terapêutico da maconha pode resultar em economia nos gastos com saúde.
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