20 de jan 2025
Norovírus provoca surto de gastroenterite no litoral paulista e preocupa autoridades
Guarujá registrou mais de dois mil casos de gastroenterite, um aumento alarmante. O norovírus, identificado como causador, está em alta globalmente, com 91 surtos nos EUA. Goiás teve 186 cidades com aumento de diarreia aguda, afetando mais de 50 mil pessoas. A linhagem GII.17 do norovírus pode impactar populações sem imunidade prévia. Vigilância epidemiológica é crucial para mitigar surtos e proteger populações vulneráveis.
Foto:Reprodução
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O litoral paulista enfrentou um aumento significativo de casos de vômitos, náuseas, cólicas e diarreia durante a passagem do ano, com Guarujá registrando mais de dois mil casos, em comparação aos mil e quinhentos do ano anterior. Cidades vizinhas, como Praia Grande e Santos, também relataram um crescimento preocupante. O Instituto Adolfo Lutz identificou o norovírus como o agente causador, um vírus menos conhecido que o rotavírus, mas que já é familiar para especialistas em saúde pública.
O surto no Guarujá não é isolado, pois cientistas notaram um aumento de gastroenterites por norovírus em países como os EUA e na Europa. Dados do CDC mostram que, entre agosto e dezembro de 2024, ocorreram 91 surtos nos Estados Unidos, mais que o dobro em relação a anos anteriores. No Brasil, Salvador também registrou um aumento de casos, e em Goiás, 186 cidades relataram mais de 50 mil casos de diarreia aguda, muitos atribuídos ao norovírus.
O norovírus é altamente contagioso e se propaga facilmente em locais com grande concentração de pessoas. Ele sobrevive em superfícies por vários dias e é resistente a muitos produtos de limpeza, sendo mais eficaz a limpeza com água e sabão. Embora seja conhecido como um vírus de inverno, ele pode sobreviver a altas temperaturas e é frequentemente encontrado em alimentos mal cozidos, como frutos do mar e frutas mal lavadas.
Embora a maioria dos casos de norovírus não exija hospitalização, surtos que afetam um grande número de pessoas podem gerar preocupação. A linhagem GII.17, identificada pelo CDC, pode ter encontrado populações sem imunidade prévia, contribuindo para os casos mais graves. A pandemia de Covid-19 pode ter reduzido a circulação do vírus, limitando a imunidade da população. Melhorar a vigilância epidemiológica e o diagnóstico é essencial para mitigar os impactos na saúde pública, turismo e educação.
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