Papa Francisco delega leitura de discurso devido a dificuldades respiratórias em missa

O Papa Francisco, de 88 anos, enfrentou dificuldades respiratórias durante a Santa Missa do Jubileu das Forças Armadas, realizada no último domingo, 9 de fevereiro. Devido à bronquite diagnosticada recentemente, ele precisou delegar a leitura de sua homilia a um assessor, o arcebispo Diego Ravelli. Antes de passar a leitura, o pontífice pediu desculpas, afirmando que estava com dificuldades para respirar. Durante a missa, ele fez um apelo contra a militarização, enfatizando que o uso da força deve ser apenas para legítima defesa e sempre respeitando as convenções internacionais.

A saúde do Papa tem sido uma preocupação constante no Vaticano, especialmente após sua hospitalização em 2023 devido a problemas respiratórios. Desde os 21 anos, Francisco vive sem parte de um pulmão, o que aumenta sua vulnerabilidade a doenças respiratórias. Na quarta-feira anterior à missa, ele já havia solicitado a um assistente que lesse seu catecismo durante a audiência semanal, devido a um "resfriado forte" que dificultava sua fala. A Santa Sé informou que o Papa realizará reuniões em sua residência no Vaticano pelos próximos dias.

Durante a oração do Angelus, o Papa pediu pela paz em diversas regiões em conflito, afirmando: “Que as armas se calem em todos os lugares e que os gritos dos povos que pedem paz sejam ouvidos.” O discurso também incluiu uma mensagem às forças armadas, destacando que seu serviço deve ser voltado para a segurança e liberdade do povo, sem buscar domínio sobre outras nações. O pontífice, que assumiu o cargo em 2013, já enfrentou diversos problemas de saúde, incluindo cirurgias e dores crônicas.

Francisco, que já passou por várias intervenções cirúrgicas ao longo de sua vida, continua a realizar suas atividades, embora com limitações. Recentemente, ele foi hospitalizado por complicações de pneumonia e, em 2023, enfrentou episódios de bronquite que o levaram a ser internado. Apesar das dificuldades, o Papa tem se mostrado resiliente, afirmando que não considera a renúncia e que o ministério papal deve ser vitalício.