20 de fev 2025
Estudo revela que o término de relacionamentos afeta negativamente o sistema imunológico
O livro de Jacques Ferrand, de 1610, introduziu o conceito de "mal de amor". Estudos recentes mostram que o término de relacionamentos afeta hormônios e imunidade. Doze regiões cerebrais foram identificadas como envolvidas na experiência do amor. A pesquisa sobre amor cresceu, com cerca de 7.000 artigos publicados na última década. O amor é analisado sob diversas disciplinas, incluindo neurobiologia e antropologia.
Foto:Reprodução
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O livro "Traicte de l’essence et guérison de l’amour ou de la melancholie érotique", publicado em 1610 pelo médico francês Jacques Ferrand, é considerado a origem do conceito de "mal de amor". A obra, que associa sentimentos amorosos a condições médicas, foi reeditada em 1623 após condenação pela Inquisição. Quatro séculos depois, o amor não é mais visto como uma doença, mas suas características continuam a ser estudadas, especialmente na neurobiologia, refletindo a vulnerabilidade humana.
Recentemente, a revista Nature publicou um mapa bibliométrico que analisou cerca de 7.000 pesquisas sobre o amor na última década. Os Estados Unidos, Reino Unido e China lideram a produção acadêmica nesse campo. O amor é analisado sob diversas perspectivas, incluindo antropologia e sociologia, revelando como fatores culturais e históricos moldam as relações humanas. Os cientistas identificaram pelo menos 40 conceitos interdependentes do amor, agrupados em quatro categorias: afeto, proximidade, compaixão e compromisso.
A relação entre amor e evolução é significativa, com estudos mostrando que o término de um relacionamento pode afetar o sistema imunológico, aumentando a produção de hormônios como cortisol e adrenalina. A "síndrome do coração partido" é um fenômeno estudado que relaciona essas mudanças a problemas de saúde. Pesquisas também exploram a ativação de áreas cerebrais específicas durante experiências românticas, utilizando técnicas como a ressonância magnética funcional (fMRI) para entender a base neurobiológica do amor.
Estudos indicam que os sentimentos amorosos mais intensos duram, em média, 18 meses, durante os quais uma pessoa pode pensar na amada até 65% do tempo acordada. As regiões do cérebro associadas à recompensa, como a área tegmental ventral, são mais ativas nas fases iniciais do amor, destacando a complexidade e a importância desse sentimento nas interações humanas.
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