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21 de fev 2025

Novo coronavírus relacionado ao MERS é identificado em morcegos no nordeste do Brasil

Pesquisadores do Brasil e Hong Kong descobriram coronavírus em morcegos. O novo vírus tem 71,9% de similaridade genética com o MERS CoV. Sete tipos de coronavírus foram encontrados em cinco morcegos de duas espécies. Monitoramento contínuo é essencial para prevenir riscos de transmissão. Testes na Universidade de Hong Kong buscarão verificar infectividade em humanos.

Foto:Reprodução

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Pesquisadores do estado de São Paulo e Ceará, em colaboração com a Universidade de Hong Kong, descobriram um novo coronavírus em morcegos no nordeste do Brasil. O vírus apresenta relação próxima com o causador da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), identificado pela primeira vez em 2012 na Arábia Saudita, que resultou em mais de 800 mortes em 27 países. O estudo, publicado no Journal of Medical Virology, revelou a presença de sete tipos de coronavírus em amostras de cinco morcegos de duas espécies: Molossus molossus e Artibeus lituratus.

As coletas foram realizadas pelo Laboratório Central de Saúde do Ceará (Lacen), em Fortaleza. Bruna Stefanie Silvério, primeira autora do estudo e doutoranda da FAPESP, destacou que ainda não é possível afirmar se o coronavírus pode infectar humanos. A pesquisa revelou uma sequência genética com 71,9% de similaridade com o genoma do MERS-CoV, e a proteína spike apresentou 71,74% de semelhança em comparação com a proteína spike do MERS-CoV isolado de humanos em 2015.

Ricardo Durães-Carvalho, um dos pesquisadores, enfatizou a importância do monitoramento contínuo dos morcegos, que são conhecidos como reservatórios de vírus. Ele explicou que esse acompanhamento é crucial para identificar vírus em circulação e antecipar riscos de transmissão para outros animais e humanos. O próximo passo da pesquisa será verificar se a proteína encontrada nas amostras consegue se ligar às células humanas, o que poderia resultar em contaminação.

Os testes para essa verificação estão programados para ocorrer na Universidade de Hong Kong ainda em 2024. A continuidade dessa pesquisa é fundamental para entender melhor a potencial ameaça que esse novo coronavírus pode representar para a saúde pública.

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