07 de mar 2025
Novos medicamentos antiobesidade superam eficácia do Ozempic e prometem revolução no tratamento
A obesidade afeta quase um oitavo da população mundial, sem consenso sobre causas. Novos medicamentos, como tirzepatida e retatrutida, mostram eficácia promissora. Indústria farmacêutica investe em mais de 100 novos candidatos para tratamento. Abordagem holística é necessária, unindo medicamentos e mudanças de estilo de vida. Foco deve ser na saúde, não apenas na perda de peso, para resultados sustentáveis.
Foto:Reprodução
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A abordagem tradicional para o tratamento da obesidade, que sugere "mover-se mais e comer menos", tem mostrado eficácia apenas a curto prazo em mais de 80% dos casos. Um artigo de 2023 na revista Science destaca a falta de consenso sobre as causas da obesidade, questionando a ideia de que o sedentarismo é a principal responsável. Em um editorial na The Lancet, foi ressaltado que a obesidade afeta quase um oitavo da população mundial, mas ainda não há uma definição clara do problema.
Desde 2017, a semaglutida, conhecida como Ozempic, foi aprovada pela FDA para diabetes e se tornou uma solução eficaz para a perda de peso, com reduções de até 15% em 68 semanas. A tirzepatida, da Eli Lilly, surge como concorrente, apresentando uma perda média de 20% em 72 semanas. A indústria farmacêutica está investindo em novos medicamentos, com cerca de 100 candidatos em desenvolvimento, visando um mercado que pode alcançar 100 bilhões de dólares até 2030.
A retatrutida, que combina GLP-1, GIP e glucagón, mostrou uma redução de 24% do peso em ensaios clínicos e pode ser aprovada em 2027. A Novo Nordisk também está testando o Cagrisema, que combina GLP-1 com um análogo da amilina, apresentando uma redução média de 22,7% do peso. Apesar de resultados promissores, o mercado reagiu negativamente a esses dados, refletindo a intensa competição no setor.
Os especialistas alertam que a perda de peso deve ser saudável e acompanhada de mudanças no estilo de vida. A médica Andreea Ciudin enfatiza que a medicina contra a obesidade deve ser personalizada, considerando que cada paciente pode responder de forma diferente aos tratamentos. A insulina e outros hormônios desempenham papéis cruciais na regulação do apetite, e a obesidade pode desregular esses mecanismos, tornando difícil a recuperação apenas com mudanças de hábitos.
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