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13 de mar 2025

Peste aviar avança na Antártida e preocupa cientistas em expedição inédita

Antonio Alcamí confirmou a gripe aviária na Antártida, afetando aves e mamíferos. A expedição inovadora a bordo do velero Australis analisou 27 locais. O vírus foi detectado em 24 locais, com alta carga viral em diversas espécies. Alcamí alerta sobre o potencial do vírus se tornar uma pandemia global. A pesquisa é crucial para entender o impacto ambiental e a saúde pública.

Foto:Reprodução

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Antonio Alcamí, um virólogo especializado em patógenos letais, ficou alarmado ao ver a gripe aviária altamente patogênica se espalhar pela América, após já ter causado a morte de centenas de milhões de aves. Em resposta, ele propôs a instalação de um laboratório na base antártica espanhola Gabriel de Castilla. Em 24 de fevereiro de 2024, Alcamí e a colega Ángela Vázquez confirmaram a presença do vírus na Antártida, levando à criação de um laboratório flutuante em um velero, o Australis, que partiu em 14 de janeiro da Argentina com uma equipe de cientistas.

Durante seis semanas, a equipe analisou 750 animais em 27 locais, encontrando o vírus em 24 deles, afetando nove espécies de aves e quatro de mamíferos marinhos. Alcamí expressou alívio ao notar que, apesar da infecção, a mortalidade entre os pingüins não foi tão alta quanto temia. No entanto, ele alertou que outras espécies, especialmente mamíferos marinhos, estão sendo severamente impactadas, e a situação pode se tornar uma das infecções mais significativas do século na região.

O veterinário Ralph Vanstreels, que participou da expedição, recordou a devastação que presenciou em outubro de 2023, quando cerca de 17 mil elefantes marinhos morreram na Argentina devido ao mesmo vírus. A origem do patógeno remonta a 1996, na China, e sua variante atual, identificada em 2020, é considerada a pior crise de gripe aviária já registrada. Alcamí destacou que o vírus agora tem a capacidade de infectar o cérebro, aumentando sua letalidade.

A expedição, apoiada pelo Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC), também enfrenta desafios logísticos e de segurança, com a equipe trabalhando em condições adversas. Apesar de alguns céticos questionarem a validade dos resultados, a equipe de Alcamí se mantém confiante. O aumento do turismo e a presença de cientistas nas pingüineras levantam preocupações sobre a propagação do vírus. Alcamí alertou que, se o vírus se espalhar para humanos, poderia causar uma nova pandemia, dado seu potencial de letalidade.

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