Rins e hipertensão: a urgência de prevenir a doença renal crônica

Os rins desempenham funções essenciais no corpo humano, como a filtragem do sangue, eliminando toxinas pela urina, e a regulação da água e de minerais, como o sódio. Além disso, são responsáveis pela produção de hormônios que controlam a pressão arterial. Quando a função renal é comprometida por três meses ou mais, surge a doença renal crônica, que pode levar à necessidade de diálise ou transplante se não diagnosticada a tempo.

Cerca de 10% da população mundial é afetada pela doença renal crônica, que, segundo estimativas, pode se tornar a quinta principal causa de morte até 2040, caso não haja intervenções para detecção precoce. As principais causas incluem hipertensão arterial e diabetes, que compartilham fatores de risco como idade, obesidade e sedentarismo. Ambas as condições são consideradas "assassinas silenciosas", reduzindo a qualidade de vida e aumentando o risco de doenças cardiovasculares.

A relação entre a doença renal crônica e a hipertensão é significativa, com 60% a 95% dos pacientes renais apresentando pressão alta. Por sua vez, cerca de 35% dos hipertensos têm algum grau de doença renal. O controle agressivo da pressão arterial pode minimizar os impactos sobre os rins e prevenir a progressão da doença.

A Sociedade Brasileira de Hipertensão lançou a iniciativa Aliança Onda, que visa controlar a pressão arterial em 70% dos pacientes até 2030. A campanha busca sensibilizar a população sobre a importância de mudanças de hábitos, uso contínuo de medicamentos e avaliações médicas regulares, enfatizando que a saúde renal é crucial para o bem-estar geral.