Crescem os casos de síndrome respiratória aguda grave entre crianças no Brasil

O novo boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) indica um aumento significativo nos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) entre crianças, associado principalmente ao vírus sincicial respiratório (VSR). A alta nas hospitalizações, que ocorre em todo o Brasil, é mais pronunciada durante o outono e o inverno. O relatório abrange a Semana Epidemiológica de 30 de março a 5 de abril e também aponta um crescimento inicial nos casos de SRAG por influenza, especialmente em Mato Grosso do Sul.

A pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz, Tatiana Portela, enfatiza a importância da vacinação para grupos prioritários, incluindo crianças de seis meses a seis anos, gestantes e idosos. A vacinação já começou em regiões como Centro-Oeste, Nordeste, Sul e Sudeste. Portela recomenda que, ao apresentarem sintomas de gripe ou resfriado, as pessoas usem máscara em locais fechados e aglomerados, incluindo postos de saúde.

Atualmente, treze estados brasileiros registram um aumento na incidência de SRAG, incluindo Acre, Amapá, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Norte, Roraima e Sergipe. Em 2025, foram notificados 31.796 casos de SRAG, com 12.527 (39,4%) apresentando resultado positivo para algum vírus respiratório.

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência dos casos positivos foi de 10,3% para influenza A, 1,6% para influenza B, 50,4% para VSR, 31,4% para rinovírus e 9,2% para Sars-CoV-2 (Covid-19). A situação requer atenção, especialmente em Mato Grosso do Sul, onde as hospitalizações têm afetado jovens, adultos e idosos.