10 de abr 2025
Piercing na úvula: riscos elevados de infecção e complicações graves alertam especialistas
Perfurações corporais estão em alta, mas a recente moda de furar a úvula gera sérias preocupações médicas. Especialistas alertam para riscos de infecção e complicações respiratórias.
Foto:Reprodução
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O uso de brincos e piercings para adornar o corpo é uma prática comum, mas novas tendências têm surgido. A perfuração da úvula, popularmente chamada de "campainha", ganhou destaque nas redes sociais, gerando preocupações entre especialistas. Vídeos que mostram essa prática têm circulado amplamente, levando a um aumento no interesse por esse tipo de modificação corporal.
O infectologista José Cerbino, pesquisador da Fiocruz e do Instituto D'Or de Pesquisa, alerta para os altos riscos de infecção e complicações respiratórias associadas a essa prática. A úvula desempenha funções essenciais na deglutição e fonação, e sua perfuração pode resultar em infecções graves, que podem exigir intervenções cirúrgicas. Cerbino destaca que a manipulação dessa área, que já é naturalmente colonizada por micro-organismos, aumenta significativamente o risco de complicações.
Além dos riscos de infecção, a presença de um corpo estranho na úvula pode alterar a anatomia do palato, levando a problemas como apneia do sono e dificuldades respiratórias. A sensação de um objeto na garganta pode também induzir ao vômito com mais frequência. O médico ressalta que a higienização do piercing é extremamente difícil, aumentando ainda mais as chances de complicações infecciosas.
A realização do procedimento em si apresenta desafios, como o reflexo de vômito durante a perfuração e a dificuldade de acesso para limpeza. Cerbino conclui que a prática é extremamente contraindicada, devido aos riscos elevados e à complexidade envolvida na manutenção da higiene adequada.
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