Governo de São Paulo implementa barreira flutuante para conter aguapés no Rio Tietê

O governo de São Paulo anunciou a instalação de uma barreira flutuante de boias para conter a proliferação de aguapés no Rio Tietê, em Barra Bonita, a 300 quilômetros da capital. A medida visa proteger o turismo e a pesca, além de mitigar riscos à fauna aquática e à saúde pública. A barreira, com dois quilômetros de extensão, será posicionada acima da barragem da Usina Hidrelétrica de Barra Bonita e deve ser instalada em até 120 dias.

Além da barreira, o governo realizará o manejo das plantas aquáticas, que ocupam uma área equivalente a 20 campos de futebol. A Secretaria do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) informou que, no último fim de semana, foram feitas ações para desobstruir a navegação. Um grupo de fiscalização será criado para monitorar poluentes nas bacias hidrográficas do Tietê, com a participação de diversas secretarias e da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB).

A CETESB já interditou a praia de Sabino, a 469 quilômetros de São Paulo, devido à presença de cianobactérias tóxicas nas águas. A companhia recomenda evitar o contato com o rio, tanto para pessoas quanto para animais. A proliferação de algas e aguapés é intensificada pelo aumento das temperaturas e pela poluição, que inclui esgoto irregular e resíduos industriais.

O vereador Daniel Zacharias Zago (MDB) destacou que a situação é crítica para os pescadores, que enfrentam dificuldades para navegar. Ele alertou que a falta de chuvas pode agravar ainda mais o problema. O subsecretário de Recursos Hídricos e Saneamento Básico, Cristiano Kenji Iwai, reconheceu que a eutrofização é um problema histórico, mas acredita que as ações em andamento, como o programa Integra Tietê, podem trazer melhorias a longo prazo.