‘The Last of Us’ inspira-se em fungo real que controla insetos e gera reflexão sobre saúde pública

A segunda temporada da série "The Last of Us", da HBO, estreou em 13 de abril de 2025. A trama, inspirada no fungo Cordyceps, apresenta um mundo pós-apocalíptico onde humanos se tornam zumbis. O fungo, que afeta insetos, não representa risco para os seres humanos, embora infecções fúngicas estejam em ascensão.

O documentário Planet Earth, narrado por David Attenborough, mostrou como o Cordyceps controla formigas, levando-as a locais altos para a dispersão de esporos. Essa dinâmica é uma parte crucial da natureza, mas não se aplica aos humanos. A série, no entanto, imagina uma mutação do fungo que afeta pessoas, resultando em uma pandemia devastadora.

Os criadores da série, Bruce Straley e Neil Druckmann, admitiram que o episódio do documentário foi fundamental para a construção do enredo. Na ficção, a infecção pelo Cordyceps tem quatro estágios, culminando em um estado de zumbis conhecidos como "clickers". A narrativa explora a perda de controle e a agressividade dos infectados.

Cientistas, como o microbiologista Marcio Lourenço Rodrigues, afirmam que a ideia de fungos controlando humanos é ficção científica. Embora infecções fúngicas possam afetar o sistema nervoso, elas ocorrem em indivíduos com imunidade comprometida. A resistência de fungos a tratamentos e o aumento da temperatura global são preocupações reais, mas uma pandemia fúngica como a retratada na série é considerada improvável.