30 de abr 2025
SBD reduz idade para rastreamento de diabetes tipo 2 e altera critérios de diagnóstico
Rastreamento do diabetes tipo 2 agora começa aos 35 anos, com foco em diagnósticos precoces e prevenção de complicações.
Foto:Reprodução
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A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) atualizou suas diretrizes para o rastreamento e diagnóstico do diabetes tipo 2, reduzindo a idade recomendada para adultos assintomáticos de 45 para 35 anos. A mudança visa facilitar diagnósticos mais precoces e foi publicada na revista científica Diabetology & Metabolic Syndrome.
As novas recomendações incluem a preferência pelo teste de tolerância oral à glicose (TOTG) de uma hora, em vez do de duas horas, por sua maior precisão e menor custo. A coordenadora do Departamento de Epidemiologia da SBD, Bianca Pititto, destacou que o rastreamento deve ser realizado a cada três anos para adultos sem fatores de risco e anualmente para aqueles com sobrepeso ou obesidade.
O diabetes tipo 2, que representa 90% dos casos, está associado a fatores como sedentarismo e alimentação inadequada. A SBD alerta que a detecção precoce pode prevenir complicações graves, como doenças cardiovasculares e neuropatias. O coordenador do Departamento de Diabetes Tipo 2 e Pré-diabetes da SBD, Luciano Giacaglia, enfatizou que a doença está surgindo em idades cada vez mais precoces.
Além de adultos, as diretrizes recomendam rastreamento para crianças a partir dos 10 anos com sobrepeso ou obesidade e fatores de risco, como histórico familiar de diabetes. O Ministério da Saúde sugere o uso do questionário Finnish Diabetes Risk Score (FINDRISC) para identificar o nível de risco.
As novas diretrizes refletem a crescente preocupação com o aumento de casos de diabetes no Brasil, que atualmente afeta 16,6 milhões de pessoas e deve crescer 44,6% nos próximos 25 anos. A SBD alerta que 31,9% dos pacientes no Brasil não sabem que têm a doença, o que torna o rastreamento ainda mais crucial.
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