01 de mai 2025
Puerpério exige cuidados especiais para mães e recém-nascidos em adaptação intensa
Cuidado com a saúde materna é crucial no puerpério; infecções puerperais causaram 400 mortes no último ano.
Foto:Reprodução
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O puerpério, fase que se inicia após o parto, é um período repleto de desafios físicos e emocionais. Dados recentes revelam que infecções puerperais são responsáveis por 400 mortes maternas no último ano, evidenciando a urgência em priorizar a saúde das mães.
Durante o pós-parto, as mulheres enfrentam dores e limitações, necessitando de repouso e cuidados. A ginecologista e obstetra Carla Betarelli destaca que uma alimentação equilibrada e hidratação são essenciais para a recuperação da puérpera e para a amamentação. O impacto emocional também é significativo, com oscilações hormonais que podem causar tristeza e ansiedade.
A amamentação, frequentemente idealizada, pode ser desafiadora. Fernanda Andrade, coordenadora de Enfermagem da L2D Saúde Digital, explica que o apoio e a educação sobre a amamentação são cruciais para ajudar as mães a superarem dificuldades, como dor e insegurança. O projeto da L2D acolhe mulheres durante o puerpério, oferecendo suporte por 60 dias.
Importância do Autocuidado
O autocuidado é vital, mas muitas mães sentem culpa ao dedicar tempo a si mesmas. Fernanda enfatiza que cuidar de si é fundamental para o bem-estar do bebê. A presença de uma rede de apoio, que ajude em tarefas cotidianas, é essencial para que a mãe consiga repousar e se recuperar adequadamente.
Mitos sobre o puerpério ainda persistem, como a ideia de que a mulher não pode se levantar após a anestesia ou que deve seguir uma dieta restrita. Carla Betarelli afirma que a higiene pessoal e uma alimentação variada são recomendadas. A visão do puerpério está mudando, com a necessidade de considerar as particularidades de cada mulher, que podem prolongar o período de recuperação.
Sinais de Alerta
A saúde mental da puérpera também merece atenção. O blues puerperal, que afeta até 85% das mulheres, é caracterizado por labilidade emocional e pode ser autolimitado. No entanto, a depressão pós-parto, que ocorre em até 10% das mulheres, requer avaliação médica. Sinais como febre persistente e dor intensa devem ser avaliados, pois infecções podem levar a complicações graves.
Os dados do Painel de Monitoramento da Mortalidade Materna mostram que infecções puerperais são uma das principais causas de morte no pós-parto. Em 2024, pelo menos 62 mortes foram registradas devido a essa causa. A saúde materna deve ser uma prioridade, assim como a do recém-nascido, conforme ressalta Fernando Palma, diretor de projetos da L2D Saúde Digital.
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