09 de mai 2025
Liraglutida e semaglutida reduzem consumo de álcool em pacientes com obesidade
Estudo revela que análogos do GLP 1, como liraglutida e semaglutida, podem reduzir consumo de álcool em até 66% em pacientes com obesidade.
Foto:Reprodução
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Indivíduos que utilizam liraglutida ou semaglutida para perda de peso apresentam uma redução no consumo de álcool de até 66% em quatro meses, conforme um estudo apresentado no Congresso Europeu sobre Obesidade (ECO 2025), realizado em Málaga, na Espanha. O líder da pesquisa, Carel le Roux, professor da Universidade College Dublin, destacou que os análogos do GLP-1 têm mostrado benefícios além do tratamento da obesidade, incluindo o controle do consumo de álcool.
O transtorno por uso de álcool, conhecido como alcoolismo, é uma condição que afeta a capacidade de controlar o uso de bebidas alcoólicas, resultando em consequências negativas para a saúde e a vida social. A doença é responsável por cerca de 2,6 milhões de mortes anuais, representando 4,7% de todas as mortes no mundo. Embora tratamentos como a terapia cognitivo-comportamental e medicamentos sejam eficazes a curto prazo, 70% dos pacientes enfrentam recaídas no primeiro ano.
O estudo, que envolveu 262 pacientes com índice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 27, revelou que, após quatro meses de tratamento com liraglutida ou semaglutida, o consumo médio de álcool caiu de 11,3 para 4,3 unidades por semana. Entre os bebedores regulares, a redução foi ainda mais significativa, passando de 23,2 para 7,8 unidades por semana, uma diminuição de 68%.
Mecanismo e Limitações
O mecanismo pelo qual os análogos do GLP-1 reduzem o consumo de álcool ainda está sendo investigado, mas acredita-se que envolva a diminuição do desejo de beber em áreas do cérebro que não estão sob controle consciente. Os pacientes relataram que a redução do consumo ocorre de forma "sem esforço".
As limitações do estudo incluem o número relativamente pequeno de participantes e a ausência de um grupo controle. No entanto, os dados foram coletados de forma prospectiva em um ambiente clínico real, o que fortalece a validade dos resultados.
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