21 de mai 2025
Cresce a incidência de câncer de mama em mulheres jovens no Brasil e no mundo
Câncer de mama em mulheres jovens cresce, mas rastreamento é tardio. Fertilidade deve ser discutida antes do tratamento.
Foto:Reprodução
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Nos últimos anos, a incidência de câncer entre jovens tem aumentado, especialmente o câncer de mama em mulheres com menos de 40 anos. Um estudo publicado no periódico BMJ Oncology revela que novos casos de câncer em pessoas com menos de 50 anos cresceram mais de 70% nas últimas três décadas globalmente. No Brasil, a situação é alarmante, com a Sociedade Brasileira de Mastologia destacando o câncer de mama como um dos mais frequentes nesse grupo etário.
As diretrizes tradicionais de rastreamento não priorizam essas mulheres. No sistema de saúde suplementar, a mamografia é recomendada a partir dos 40 anos, enquanto no Sistema Único de Saúde (SUS), o exame inicia aos 50 anos. Isso resulta em diagnósticos tardios, frequentemente em estágios avançados da doença. Fatores como obesidade, sedentarismo e mudanças no padrão reprodutivo, como a maternidade tardia, contribuem para esse aumento.
Importância do Diagnóstico Precoce
Muitas mulheres jovens não realizam exames de rotina, levando a diagnósticos apenas após o surgimento de sintomas. É crucial que, ao notar alterações nas mamas, essas mulheres busquem um ginecologista. Mesmo que a alteração seja identificada apenas em exame físico, é essencial solicitar exames complementares, como ultrassonografia ou mamografia.
Os tumores de mama em mulheres jovens tendem a ser mais agressivos, exigindo tratamentos que incluem quimioterapia e terapias endócrinas. Além disso, a fertilidade é uma preocupação significativa. O impacto da quimioterapia na capacidade de engravidar deve ser discutido antes do início do tratamento. Estratégias como o uso de análogos de LHRH podem ajudar a proteger os ovários e aumentar as chances de preservação da fertilidade.
Abordagem Integral no Tratamento
A discussão sobre fertilidade é fundamental no cuidado oncológico. Mulheres jovens têm o direito de serem informadas sobre como o tratamento pode afetar seus planos de maternidade. A coleta de óvulos antes da quimioterapia é uma opção viável, assim como a criopreservação de embriões para aquelas com parceiros estáveis. Essas decisões devem ser tomadas antes do início do tratamento, pois a coleta não é segura após a quimioterapia.
Os oncologistas têm um papel crucial em abordar esses temas, garantindo que as pacientes recebam um cuidado integral e respeitem suas histórias pessoais em todas as etapas do tratamento.
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