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23 de mai 2025

Brasil tem 2,4 milhões de autistas que enfrentam desafios educacionais após 14 anos

Censo do IBGE revela 2,4 milhões de brasileiros com autismo, destacando desigualdades na escolaridade e inclusão. Dados urgem por políticas públicas.

Foto:Reprodução

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Pela primeira vez, o Censo Demográfico do IBGE revelou dados sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) no Brasil. Cerca de 2,4 milhões de brasileiros foram diagnosticados com autismo, representando 1,2% da população. A maior parte dos diagnosticados é composta por homens, totalizando 1,4 milhão, enquanto as mulheres somam 1 milhão.

A faixa etária com maior prevalência é a de 5 a 9 anos, onde 264 mil meninos e 86 mil meninas foram identificados. A predominância masculina se mantém em todas as faixas etárias até os 44 anos. Nos grupos de 50 a 54 e 60 a 69 anos, as mulheres apresentam percentuais ligeiramente superiores aos homens, com uma diferença de 0,1 ponto percentual.

Distribuição Geográfica e Étnica

Os dados também mostram a distribuição geográfica dos diagnósticos. São Paulo lidera com 548 mil pessoas diagnosticadas, seguido por Minas Gerais (229 mil), Rio de Janeiro (215 mil) e Bahia (145 mil). Proporcionalmente, os estados do Acre (1,6%) e Amapá (1,5%) têm as maiores taxas de autismo.

Em relação à etnia, a maior prevalência de diagnósticos foi entre pessoas que se declararam brancas (1,3%), totalizando 1,1 milhão. Entre os pardos e pretos, a taxa é de 1,1% para ambos, enquanto a menor prevalência foi entre os indígenas, com 0,9%.

Escolaridade e Inclusão

O Censo também abordou a escolaridade das pessoas com TEA. Em 2022, 70,4% dos meninos e 54,6% das meninas com diagnóstico frequentavam a escola na faixa etária de 6 a 14 anos. Este dado sugere que o diagnóstico está sendo feito de forma mais precoce, permitindo a inclusão dessas crianças na educação básica.

Entretanto, a presença de estudantes autistas diminui nas faixas etárias seguintes, o que pode indicar dificuldades na permanência escolar. Entre as mulheres com 25 anos ou mais, 22,2% estavam estudando, um percentual superior ao das mulheres em geral, que era de 19,8%.

O levantamento destaca que 46,1% dos adultos com TEA têm ensino fundamental incompleto ou são sem instrução. Em contraste, apenas 15,7% dos autistas concluíram o ensino superior, comparado a 18,4% da população geral. Esses dados ressaltam a necessidade de políticas públicas que garantam apoio e inclusão para essa população.

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