27 de mai 2025
Haenyeo da Coreia apresentam vantagem genética que pode auxiliar no tratamento de doenças
Mergulhadoras tradicionais de Jeju enfrentam desafios e revelam adaptações genéticas que podem impactar a medicina, enquanto sua população declina.
Foto:Reprodução
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Nas águas do Mar do Leste, em Jeju, Coreia do Sul, as haenyeo, mergulhadoras tradicionais, enfrentam desafios extremos em busca de moluscos. Com uma história que remonta ao século 17, essas mulheres são reconhecidas pela Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial. Atualmente, a população de haenyeo caiu para menos de 3 mil, com a maioria delas acima dos 60 anos.
Pesquisas recentes revelaram adaptações genéticas que podem ser úteis no tratamento de doenças crônicas, como hipertensão e derrame. O estudo, liderado pela geneticista Diana Aguilar Gómez, analisou o DNA das haenyeo e identificou variantes que podem reduzir a pressão arterial e aumentar a resistência ao frio. Essas descobertas têm implicações não apenas para as mergulhadoras, mas também para a medicina global.
A tradição das haenyeo começou quando as mulheres assumiram o papel de provedoras durante períodos de guerra e migração masculina. Essa mudança moldou uma sociedade matriarcal única, onde as mulheres eram responsáveis pelo sustento familiar. O trabalho é perigoso e exige resistência, com mergulhos que podem durar até sete horas em temperaturas extremas.
Apesar do reconhecimento e apoio governamental, a profissão enfrenta um declínio acentuado. A transformação econômica de Jeju, que agora se concentra no turismo, afastou as jovens do mergulho. Apenas algumas dezenas de novas mergulhadoras estão surgindo, e muitas que se dedicam à atividade fazem isso de forma esporádica.
Iniciativas como restaurantes que servem pratos tradicionais feitos por haenyeo e jovens mergulhadoras que documentam suas experiências nas redes sociais buscam revitalizar a tradição. Contudo, o futuro das haenyeo permanece incerto, com o risco de perda do conhecimento ancestral e da cultura que representam.
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