Fentanilo contaminado provoca mortes e infecções em hospitais argentinos

O uso de fentanilo contaminado no sistema de saúde argentino gerou uma crise, com o Ministério da Saúde confirmando 69 infecções e 34 mortes. As vítimas, que estavam internadas por outras condições, contraíram infecções graves após receberem o medicamento.

As autoridades identificaram três lotes contaminados do fentanilo, e não apenas um, como se pensava inicialmente. As bactérias Klebsiella pneumoniae e Ralstonia pickettii foram encontradas tanto nos pacientes quanto no fentanilo injetável produzido pelo HLB Pharma Group e pelo Laboratório Ramallo. As infecções foram registradas principalmente nas províncias de Buenos Aires e Santa Fe, além da capital argentina.

Ações Judiciais

O juiz federal Ernesto Kreplak ordenou a clausura dos laboratórios envolvidos e a apreensão de documentos e materiais. Ele também requisitou que todos os centros de saúde informem sobre a aquisição do fentanilo contaminado e onde o produto foi distribuído. A Administração Nacional de Medicamentos (ANMAT) comunicou que a ordem de recuperação abrange os três lotes do medicamento.

As investigações estão focadas na negligência e na falta de controle por parte dos responsáveis pelos laboratórios. Os diretores enfrentam possíveis acusações de homicídio e fornecimento de substâncias perigosas à saúde. O empresário Ariel García Furfaro, vinculado a ambos os laboratórios, já possui um histórico de problemas legais, incluindo acusações de estelionato.

Contexto e Preocupações

As autoridades de saúde expressam preocupação com a possibilidade de haver mais infectados além dos já registrados. A maioria das vítimas fatais é composta por homens entre 45 e 64 anos. A situação continua a ser monitorada, enquanto a justiça avança nas investigações sobre as práticas dos laboratórios envolvidos.