29 de mai 2025
Negligência em unidade de saúde mental é apontada como causa da morte de adolescente
Falhas graves em unidade de saúde mental contribuíram para a morte de adolescente, revelam inquérito. Investigação aponta descaso e falta de cuidados.
Foto:Reprodução
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Negligência em unidade de saúde mental contribuiu para a morte de adolescente
Uma investigação revelou que falhas graves nos cuidados prestados a uma adolescente de 16 anos, diagnosticada com autismo, contribuíram para sua morte em abril de 2021. A jovem, descrita como feliz e extrovertida, foi encontrada sem resposta em seu quarto na St Aubyn Centre, em Colchester, na Inglaterra.
O inquérito apontou que a adolescente deveria receber atendimento individualizado, mas um sistema de alerta infravermelho que monitorava seu tempo no banheiro estava silenciado, e ela ficou sozinha por 28 minutos. O júri do inquérito concordou que a morte poderia ter sido evitada se não houvesse múltiplas falhas nos cuidados.
Condições da Unidade
A St Aubyn Centre, gerida pela Essex Partnership University NHS Foundation Trust (EPUT), foi descrita como "caótica" durante o inquérito, que está sob investigação pública. O representante da EPUT reconheceu que o quarto da adolescente deveria ter sido trancado para evitar que ela entrasse sozinha.
O inquérito também revelou que a unidade enfrentava problemas de subdimensionamento e que muitos funcionários eram temporários, o que dificultava o conhecimento sobre os pacientes. O clínico responsável admitiu que havia constantes preocupações sobre o número de funcionários e que o orçamento estava sempre excedido.
Resposta ao Incidente
Após a morte da adolescente, a Care Quality Commission (CQC) suspendeu novas admissões na unidade. Um relatório da CQC destacou que a falta de pessoal era uma preocupação significativa, agravada pela falta de habilidades adequadas entre os funcionários para cuidar de pacientes vulneráveis.
O júri identificou dois fatores principais que provavelmente causaram a morte da adolescente: observações mal administradas devido ao baixo número de funcionários e a possibilidade de acesso ao seu quarto sem supervisão. A coroner Sonia Hayes anunciou que elaborará um relatório para prevenir futuras ocorrências semelhantes.
O CEO da EPUT expressou suas condolências à família da adolescente, afirmando que ela não recebeu o cuidado que merecia.
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