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30 de mai 2025

OMS alerta: não existe consumo seguro de álcool e riscos aumentam com a idade

Estudos recentes reforçam que não há consumo seguro de álcool, elevando o risco de doenças, incluindo câncer. A educação sobre uso responsável é urgente.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) reafirmou que não existe quantidade segura de álcool que não afete a saúde. Um estudo recente reforçou essa afirmação, mostrando que até uma dose diária pode aumentar o risco de doenças, incluindo câncer. A discussão sobre a proibição do consumo moderado e a necessidade de educação sobre o uso responsável do álcool ganhou destaque.

A OMS já havia alertado que três milhões de pessoas morrem anualmente em decorrência do uso abusivo de álcool, o que equivale a seis mortes por minuto. No Brasil, não há diretrizes específicas sobre o consumo de álcool, mas recomenda-se seguir as orientações da OMS. Profissionais de saúde têm evitado incentivar o consumo, especialmente entre adolescentes, pois estudos indicam que o início precoce no consumo de álcool aumenta o risco de dependência.

A psiquiatra Patrícia Hochgraf, coordenadora do Programa da Mulher Dependente Química, explica que cada pessoa metaboliza o álcool de forma diferente, tornando impossível determinar uma dose segura. Fatores como gênero, idade e predisposição genética influenciam os riscos associados ao consumo. O diagnóstico de transtorno por uso de álcool é baseado no impacto do consumo na qualidade de vida do indivíduo.

Evidências Científicas

O psiquiatra Guilherme Messas, professor da Santa Casa de São Paulo, destaca que as evidências científicas sobre os riscos do álcool têm se acumulado. Uma revisão de estudos publicada na revista The Lancet em 2018 concluiu que não há limite seguro para a ingestão de álcool. O estudo analisou dados de mais de cem mil pessoas em 195 países entre 1990 e 2016, revelando que o risco de adoecer aumenta em 0,5% com uma dose diária e chega a 37% com cinco doses.

Apesar da gravidade dos achados, a implementação de medidas práticas para reduzir o consumo de álcool é desafiadora. No Brasil, o álcool é consumido de forma recreativa e não existem definições oficiais sobre o que constitui uma dose padrão. A OMS recomenda um máximo de duas doses diárias para homens e uma para mulheres, com abstinência em pelo menos dois dias da semana.

Abordagem Preventiva

A psiquiatra Patrícia ressalta a importância de estabelecer limites para o consumo de álcool, a fim de facilitar estudos e medidas de controle. A prevenção do uso excessivo entre adolescentes é crucial, pois quanto mais cedo se inicia o consumo, maior o risco de problemas futuros. A educação sobre o uso responsável do álcool é vista como uma alternativa mais eficaz do que a proibição.

Messas argumenta que a ideia de "consumo moderado" deve ser abandonada, pois não existe uso seguro do álcool. Ele defende a necessidade de mais restrições e taxações sobre bebidas alcoólicas, enfatizando que a saúde pública deve ser priorizada.

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