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03 de jun 2025

Mulheres enfrentam desafios no diagnóstico e tratamento de doenças na saúde

Mulheres ainda enfrentam subestimação de sintomas de saúde, evidenciando a urgência de reformular a formação médica e aumentar pesquisas sobre suas condições.

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Mulheres enfrentam subestimação de sintomas de saúde, revelam relatos

Mulheres continuam a enfrentar desafios no diagnóstico e tratamento de condições de saúde, conforme relatos recentes de Alissa Caresia Munerato e Dana Steinberg. Ambas vivenciaram a subestimação de seus sintomas, evidenciando a necessidade de reformulação na formação de profissionais de saúde e maior pesquisa sobre questões femininas.

Alissa, analista de dados, teve uma experiência alarmante aos dezenove anos, quando sofreu uma falta de ar repentina. Ao buscar atendimento em um hospital privado em São Paulo, foi informada por um médico que seu sintoma era provavelmente emocional. Após insistir, conseguiu realizar exames e foi diagnosticada com uma embolia pulmonar grave, que a levou à UTI. “Eu podia ter morrido por não ter sido ouvida”, afirma Alissa, hoje com trinta anos.

Dana, empresária de quarenta anos, também enfrentou descrédito em relação às suas queixas de dores e cansaço. Somente aos trinta e cinco anos, recebeu o diagnóstico da síndrome de Ehlers Danlos, uma condição que afeta a produção de colágeno. “Muitos médicos desconsideraram minhas queixas”, relata Dana, que observa um tratamento diferenciado para seu marido, que tem esclerose múltipla.

Viés de gênero na saúde

Estudos indicam que o viés de gênero afeta o atendimento médico, resultando em diagnósticos inadequados para mulheres. Elas têm menor probabilidade de receber analgésicos para dor abdominal e enfrentam dificuldades em diagnósticos de infarto. A professora Carmen Simone Diniz, da Universidade de São Paulo (USP), destaca que a história médica está repleta de preconceitos, como a classificação de sintomas femininos como histeria.

A crença de que as mulheres exageram em suas queixas remonta a séculos, com raízes na medicina antiga. Hipócrates, por exemplo, associou a histeria a um desequilíbrio emocional exclusivo das mulheres. Apesar de avanços, resquícios desse pensamento ainda persistem, levando a negligências em áreas como saúde cardiovascular e ginecológica.

Necessidade de mudança

Especialistas pedem uma mudança na formação de profissionais de saúde e um aumento na pesquisa sobre condições femininas. A ginecologista Carolina Ambrogini ressalta que sintomas como dores intensas durante a relação sexual são frequentemente minimizados. “É necessário um atendimento especializado, pois essas queixas podem ter causas graves”, afirma.

A educação de pacientes e profissionais é fundamental para garantir que doenças cardiovasculares, que representam uma das principais causas de morte entre mulheres, sejam tratadas com a seriedade necessária. A falta de representatividade feminina em pesquisas e cargos de liderança na saúde também é um ponto crítico a ser abordado.

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