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13 de jun 2025

Risco raro de perda de visão é associado a Ozempic, Wegovy e Mounjaro

Anvisa alerta sobre risco de perda súbita de visão com semaglutida, incluindo Noiana como reação adversa. Estudo sugere necessidade de mais pesquisas.

Foto: Reprodução

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Nesta sexta-feira, 13, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre a possível perda súbita de visão associada ao uso de medicamentos que contêm semaglutida, como Ozempic, Rybelsus e Wegovy. A agência determinou a inclusão da neuropatia óptica isquêmica anterior não arterítica (Noiana) como uma reação adversa nas bulas desses produtos, após a notificação de 52 casos de distúrbios oculares no Brasil.

A decisão da Anvisa foi baseada em uma avaliação do Comitê de Avaliação de Risco em Farmacovigilância (PRAC) da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), que identificou a Noiana como um possível efeito adverso da semaglutida. A fabricante dos medicamentos, Novo Nordisk, destacou que a semaglutida foi estudada em programas clínicos com mais de 52 mil participantes e que não há evidências que sustentem uma relação causal entre a substância e a neuropatia óptica.

Dados sobre os efeitos oculares

Um estudo recente publicado na revista JAMA Ophthalmology analisou a ocorrência de problemas oculares em pacientes que utilizaram semaglutida e tirzepatida, princípio ativo presente nos medicamentos Mounjaro e Zepbound. Entre os nove casos estudados, sete apresentaram Noiana, enquanto um paciente teve papilite e outro foi diagnosticado com maculopatia média aguda paracentral. Apesar dos achados, os pesquisadores não recomendaram a suspensão dos medicamentos, mas sugeriram que pacientes com alterações visuais busquem avaliação médica.

O professor Bradley Katz, da Universidade de Utah, ressaltou que a pesquisa não foi projetada para estabelecer uma relação de causa e efeito. O endocrinologista Carlos Eduardo Barra Couri, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, apontou que a rápida redução da glicose promovida pelos medicamentos pode aumentar o risco de reações oculares adversas em pacientes com descontrole glicêmico.

Próximos passos

Couri enfatizou a necessidade de estudos mais robustos e controlados para avaliar os efeitos da semaglutida e da tirzepatida sobre a saúde ocular a longo prazo. Ele destacou que, apesar do número crescente de usuários desses medicamentos, os relatos de efeitos adversos ainda são considerados baixos.

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