“Remake de ‘Perseguido’ reacende interesse por concursos mortais entre pobres”

A nova adaptação de "Perseguido", agora intitulada "The Running Man", está programada para estrear em novembro de 2023. O filme, dirigido por Edgar Wright, traz Glen Powell no papel principal e promete ser mais fiel à obra original de Stephen King, que foi publicada sob o pseudônimo Richard Bachman.

A versão de 1987, estrelada por Arnold Schwarzenegger, retratava uma distopia em que um governo totalitário caçava cidadãos em um brutal concurso de televisão. Embora tenha sido inicialmente recebida com críticas mornas, a película ganhou status de cult ao longo dos anos. Schwarzenegger, em sua autobiografia, expressou descontentamento com a direção de Paul Michael Glaser, afirmando que o potencial da narrativa foi desperdiçado.

O remake, que mantém o título original, promete uma abordagem mais sombria e fiel ao livro, que apresenta uma dinâmica diferente. Na obra, o protagonista deve sobreviver por 30 dias, enquanto os cidadãos são incentivados a delatá-lo. O trailer de "The Running Man" já faz referência ao personagem de Schwarzenegger, com seu rosto estampado em notas de dinheiro em um cenário distópico.

A crescente popularidade de narrativas sobre competições mortais reflete uma crítica à sociedade contemporânea. O filósofo Francisco Martorell Campos observa que essas histórias expõem a competição exacerbada entre os menos favorecidos, um reflexo da ideologia capitalista. Além disso, a adaptação de "The Running Man" coincide com o lançamento de outras obras de King, como "A Longa Marcha", que também aborda temas de sobrevivência em um contexto governamental opressivo.

A expectativa em torno do remake é alta, especialmente com a promessa de uma narrativa mais profunda e crítica, que pode ressoar com as questões sociais atuais.