Golpistas usam reconhecimento facial para fraudes financeiras em atendimentos online

Golpistas têm utilizado táticas enganosas para obter dados pessoais e financeiros, se passando por atendentes de serviços e solicitando fotos para cadastros fraudulentos. O Comprova alerta sobre como se proteger de golpes digitais, enfatizando a importância de desconfiar de solicitações de fotos e verificar a identidade dos atendentes.

Esses criminosos se aproveitam da necessidade das pessoas de acessar serviços e ofertas atrativas. Muitas vezes, se apresentam como atendentes de saúde, educação ou telefonia, pedindo fotos para cadastro. Também utilizam falsas promessas de emprego ou brindes, chegando a visitar as vítimas para registrar a entrega de um suposto benefício, mas na verdade realizam reconhecimento facial.

Os dados biométricos coletados são usados para criar cadastros em instituições financeiras e acessar contas bancárias, possibilitando empréstimos e financiamentos em nome da vítima. O especialista em cibersegurança Eduardo Nery recomenda que, ao receber solicitações de fotos ou vídeos, a pessoa deve desconfiar imediatamente e evitar compartilhar dados pessoais.

Como se Proteger

É fundamental estar atento a ofertas tentadoras, como promessas de emprego ou distribuição de cestas básicas. Caso haja dúvida sobre a autenticidade do atendimento, a orientação é entrar em contato com os canais oficiais da empresa. Verifique se os atendentes estão devidamente identificados e se os aparelhos utilizados para a biometria são da empresa.

Se suspeitar de um golpe, consulte o Registrato, ferramenta do Banco Central, para verificar se há empréstimos ou contas abertas em seu nome. Em caso de atividades suspeitas, contate o banco onde a transação ocorreu e registre um boletim de ocorrência na Polícia Civil, Polícia Federal ou Ministério Público. A ONG SaferNet Brasil também oferece um canal de denúncias e orientações.

O Comprova monitora conteúdos suspeitos nas redes sociais e aplicativos de mensagens, ajudando a verificar informações sobre golpes digitais. A organização é composta por 40 veículos de imprensa brasileiros e investiga fraudes e desinformação.