Goiás se destaca com supercomputadores de inteligência artificial da Nvidia

Goiás se destaca como um novo polo de inteligência artificial no Brasil, após a aprovação da primeira lei sobre o tema no país. O estado também recebeu, em março, oito supercomputadores da Nvidia, que iniciarão operações no segundo semestre de 2025. O investimento totaliza R$ 40 milhões e será apresentado a representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) no dia 6 de junho.

Os supercomputadores, equipados com chips Blackwell B200, são avaliados em cerca de US$ 30 mil cada. A chegada dessas máquinas é resultado do trabalho de 800 pesquisadores do Centro de Excelência em Inteligência Artificial (Ceia), vinculado à Universidade Federal de Goiás (UFG), que tem se destacado em nível nacional e internacional.

O coordenador do Ceia, Anderson Soares, ressalta que o grupo se diferencia por sua abordagem voltada para produtos e pela colaboração entre os setores público e privado. A parceria entre a UFG, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) possibilitou a captação de R$ 269 milhões para projetos de inovação.

Impacto e Reconhecimento

O Ceia já contribuiu para o desenvolvimento de soluções que atendem a mais de 90 milhões de pessoas no Brasil, abrangendo setores como comunicação e finanças. A UFG formou sua primeira turma de bacharelado em inteligência artificial em 2020, e o curso teve a nota de corte mais alta da universidade em 2025.

Além disso, a UFG se tornou a primeira instituição brasileira a integrar o programa NVIDIA AI Nation, que visa apoiar a implementação de estratégias nacionais de inteligência artificial. O diretor da Nvidia para a América Latina, Márcio Aguiar, destaca que a iniciativa busca impulsionar tanto a pesquisa acadêmica quanto projetos de inovação em parceria com a indústria.

Os supercomputadores da Nvidia permitirão um processamento de dados em velocidade e escala muito superiores aos computadores convencionais, possibilitando o desenvolvimento de ferramentas inovadoras. Essa evolução coloca o Brasil em um patamar competitivo com grandes potências tecnológicas.