Luiz Felipe Pondé lança 'Da Alma e dos Ossos' e critica a cultura contemporânea

Luiz Felipe Pondé, filósofo e colunista, lança seu novo livro, "Da Alma e dos Ossos", em 30 de abril. A obra é uma coleção de ensaios que aborda a melancolia na cultura contemporânea, criticando a visão moderna que desconsidera a herança cultural dos mortos.

Pondé, autor de mais de dez livros, destaca que a leitura de sua nova obra requer tempo e repertório. "Não é um livro para entrar desavisado," alerta. O título e o subtítulo, "Aforismos de Crítica Cultural: Uma Ciência Melancólica," refletem a profundidade das reflexões do autor. Ele argumenta que o mal-estar é uma característica intrínseca da cultura atual, afirmando que "a gente vive o mal-estar como cultura."

A primeira referência para o livro é "Minima Moralia," de Theodor W. Adorno, que também analisa a alienação cultural. Pondé critica a ideia de que a cultura é exclusivamente produzida por vivos, considerando essa visão como "coisa de bárbaros." Para ele, a cultura é um legado dos mortos, e a noção de que é feita apenas por vivos é uma "cultura pobre."

O autor menciona o conceito de "conglomerado herdado," que abrange crenças e valores que recebemos sem perceber. Pondé enfatiza que a cultura é sustentada por esses legados, e a reflexão sobre isso é essencial para compreender sua obra. Ele adverte que o livro não oferece salvação, "porque ela não existe." Aqueles que se consideram "super santos" podem ter dificuldade em entender os textos, pois vivem em uma realidade diferente.

"Da Alma e dos Ossos" será vendido por R$ 49,90 e tem 96 páginas.