Tracy K. Smith destaca a conexão emocional da poesia em tempos de polarização política

A newsletter Tudo a Ler trouxe novidades literárias nesta quarta-feira, 21 de maio de 2025. Entre os lançamentos, destacam-se "Uma Visão Pálida das Colinas" de Kazuo Ishiguro e "A Devoção do Suspeito X" de Keigo Higashino. A edição também reflete sobre o centenário de "Mrs. Dalloway" e "O Grande Gatsby", além de noticiar a condenação de Hadi Matar por atacar Salman Rushdie.

"Uma Visão Pálida das Colinas", traduzido por Jorio Dauster, é a estreia do Nobel de Literatura Kazuo Ishiguro. O romance narra a história de Etsuko, que lida com o suicídio da filha mais velha enquanto vive com a filha mais nova. A crítica Laura Erber destaca o talento singular de Ishiguro, que se firmou na cena literária.

Por sua vez, "A Devoção do Suspeito X", traduzido por Shintaro Hayashi, apresenta uma investigação policial em que os culpados são revelados logo nas primeiras páginas. O leitor se vê do lado das criminosas, como aponta o crítico Diogo Kaupatez. A trama gira em torno de Yasuko, uma mãe solteira que se vê em uma situação extrema após ser chantageada por seu ex-marido.

Centenários Literários

Dois clássicos completam cem anos: "Mrs. Dalloway" de Virginia Woolf e "O Grande Gatsby" de F. Scott Fitzgerald. Woolf, em sua obra, utiliza o fluxo de consciência para contar a história de Clarissa Dalloway, uma dama da alta sociedade britânica. A escritora Noemi Jaffe afirma que as palavras de Woolf ganham novos sentidos a cada releitura.

Fitzgerald, por sua vez, apresenta Gatsby através do olhar de Nick Carraway, um narrador sem status social. O jornalista André Barcinski sugere que a obra ecoa temas contemporâneos, como o culto à celebridade e a ostentação.

Além disso, Hadi Matar foi condenado a 25 anos de prisão por tentativa de homicídio e agressão após atacar Salman Rushdie em um evento literário em Nova York em 2022. O autor sofreu ferimentos graves, incluindo a perda da visão em um dos olhos.

A edição da Tudo a Ler também menciona a repaginação do selo Escarlate, que visa atender o público infantil de oito a doze anos, uma faixa etária frequentemente negligenciada no mercado editorial.