A participação ativa dos pais na criação dos filhos tem se tornado um tema relevante no ambiente corporativo, especialmente após a pandemia. Muitos pais começaram a se envolver mais na rotina familiar, desafiando a ideia de que o cuidado infantil é uma responsabilidade exclusiva das mães. Essa mudança gerou discussões sobre a licença-paternidade estendida, a […]
A participação ativa dos pais na criação dos filhos tem se tornado um tema relevante no ambiente corporativo, especialmente após a pandemia. Muitos pais começaram a se envolver mais na rotina familiar, desafiando a ideia de que o cuidado infantil é uma responsabilidade exclusiva das mães. Essa mudança gerou discussões sobre a licença-paternidade estendida, a flexibilidade no trabalho e a desconstrução de estereótipos de gênero nas empresas.
A Pesquisa Radar da Parentalidade 2024, realizada pela consultoria Filhos no Currículo em parceria com o Talenses Group e o Movimento Mulher 360, revela que 82% dos pais desejam uma licença-paternidade mais longa. Além disso, 69% consideram esse benefício crucial para decidir permanecer ou mudar de emprego. Para 91%, um período maior de afastamento facilitaria um envolvimento mais ativo na criação dos filhos e ajudaria a aliviar a carga sobre as mães.
Um exemplo dessa nova realidade é Luis Silva, coordenador de tesouraria de uma multinacional em São Paulo, que assumiu integralmente os cuidados do filho Miguel, de 8 anos. Luis, que trabalha remotamente, equilibra suas responsabilidades profissionais com as demandas familiares. Ele reconhece que a paternidade trouxe desafios à sua carreira, mas destaca a importância de ter um líder compreensivo que permite flexibilidade em sua rotina.
A normalização da paternidade ativa não apenas beneficia os homens, mas também impacta positivamente as mulheres no mercado de trabalho. Com os pais mais envolvidos, as mães enfrentam menos barreiras, aumentando sua representatividade em cargos de liderança. Vinícius Bretz, CEO interino da Filhos no Currículo, enfatiza que a paternidade ativa deve ser incentivada nas empresas, pois a percepção dos colaboradores sobre seus direitos está evoluindo, e organizações que não se adaptarem a essa mudança podem perder talentos.
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