10 de jul 2025
Impactos da imigração de Trump: escassez de mão de obra e inflação nos EUA
Medidas orçamentárias de Trump podem aumentar o desemprego, reduzir remessas e impactar negativamente a economia da América Latina.

Restrições de Trump podem aumentar o desemprego na região e reduzir o valor das remessas (Foto: Brent Stirton/Getty Images)
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Recentes propostas orçamentárias nos Estados Unidos, sob a administração Trump, podem resultar em uma política de imigração ainda mais restritiva, afetando diretamente setores que dependem de trabalhadores imigrantes, especialmente latinos. Ramiro A. Cavazos, presidente da U.S. Hispanic Chamber of Commerce, alertou que essas medidas podem aumentar o desemprego e reduzir as remessas enviadas para a América Latina.
O plano fiscal de Trump destina US$ 150 bilhões em dez anos para implementar sua agenda de controle de imigração, incluindo US$ 45 bilhões para centros de detenção e US$ 47 bilhões para infraestrutura na fronteira sul. Cavazos enfatizou que a presença de trabalhadores imigrantes é crucial para a economia, contribuindo com impostos e mantendo a produtividade em setores como agricultura e construção.
Impactos Econômicos
A proposta também inclui taxas sobre remessas e restrições ao acesso a créditos fiscais de saúde para alguns imigrantes. Economistas, como Joan Enric Domene, alertam que essas medidas podem gerar inflação e aumentar os custos de produção nos EUA, além de intensificar as tensões com países da América Latina. A escassez de mão de obra em setores como hotelaria e restaurantes pode resultar em pressão inflacionária.
De acordo com a Control Risks, a política de deportações em massa pode prejudicar o crescimento econômico dos EUA, desestimulando a chegada de migrantes qualificados. A relação entre o PIB e as remessas na América Latina deve ser impactada, com países como o México e na América Central enfrentando maiores desafios econômicos.
Desafios Regionais
A construção de novos centros de detenção e a continuidade do muro na fronteira refletem a prioridade da imigração na política interna e externa dos EUA. Theodore Kahn, da Control Risks, destacou que a cooperação com a agenda de imigração dos EUA será essencial para manter relações sólidas com países da região. A resistência a essas propostas pode gerar reações adversas nos governos locais, que temem parecer submissos a Trump.
O déficit fiscal dos EUA, atualmente uma preocupação significativa, pode ser exacerbado por essas políticas. A Moody’s prevê que o déficit aumentará, e a política de deportações pode resultar em uma queda nas remessas, impactando negativamente as economias latino-americanas. A situação fiscal dos EUA continua a ser um tema central nas discussões sobre a viabilidade das propostas orçamentárias de Trump.
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