Futuros de Nova York caem com tarifas sobre UE e México; bitcoin atinge US$ 121.000

Os futuros de ações dos EUA apresentaram queda nesta segunda-feira, 14 de julho, em meio a novas ameaças tarifárias do presidente Donald Trump contra a União Europeia e o México. O índice Stoxx 600 da Europa recuou 0,5%, com os fabricantes de automóveis liderando as perdas. O S&P 500 caiu 0,4%, enquanto o bitcoin ultrapassou pela primeira vez a marca de US$ 120.000.

As tensões comerciais aumentaram após Trump anunciar tarifas de 30% sobre produtos europeus e mexicanos, caso não sejam firmados acordos até 1º de agosto. Essa escalada está testando a resiliência do mercado, que já operava próximo de máximas históricas. Analistas acreditam que a postura de Trump é uma tática de negociação, mas a incerteza gerada pode impactar os mercados financeiros.

Expectativas Econômicas

Os investidores aguardam dados econômicos que devem mostrar um aumento na inflação nos EUA em junho, refletindo o repasse de custos das empresas. As expectativas indicam que o mercado já precifica dois cortes de juros de 0,25 ponto percentual para este ano. Linh Tran, analista da XS.com, destacou que pressões inflacionárias mais fortes podem levar o Federal Reserve a adiar os cortes, provocando um choque nas avaliações do mercado de ações.

Além disso, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, criticou as tarifas de 50% sobre exportações brasileiras, afirmando que se baseiam em uma "compreensão distorcida dos fatos". A União Europeia também planeja intensificar o diálogo com países como Canadá e Japão para enfrentar as tarifas impostas pelos EUA.

Reações do Mercado

Os mercados financeiros estão reagindo com cautela. O rendimento dos títulos do Tesouro de 10 anos caiu para 4,417%, enquanto o preço do ouro se manteve estável em US$ 3.364 a onça. O dólar teve leve alta em relação ao euro, mas caiu frente ao iene. A expectativa é que a intensificação das ameaças tarifárias leve os investidores a reavaliar os riscos associados à guerra comercial.

O cenário atual reflete uma combinação de incertezas e oportunidades, com os investidores atentos aos desdobramentos econômicos e às reações do mercado às políticas comerciais de Trump.