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24 de jul 2025

Indústria náutica registra queda de 30% nas exportações de lanchas e iates

Estaleiros brasileiros preveem queda de mais de 30% nas exportações para os EUA devido a tarifas de 50%, afetando a competitividade do setor.

A Azimut Yachts apresentou no início de julho o modelo Azimut Grande 25 Metri na Marina Itajaí, em Santa Catarina: setor vê impacto de tarifas com apreensão (Foto: Divulgação)

A Azimut Yachts apresentou no início de julho o modelo Azimut Grande 25 Metri na Marina Itajaí, em Santa Catarina: setor vê impacto de tarifas com apreensão (Foto: Divulgação)

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Os estaleiros brasileiros enfrentam um cenário desafiador com a previsão de uma redução superior a 30% nas exportações de embarcações para os Estados Unidos. A medida se deve à imposição de tarifas de 50% que entrarão em vigor em 1º de agosto, caso não haja mudanças por parte do governo americano. O setor náutico, que já viu um aumento de 10% nas exportações em 2024, agora busca reverter essa situação.

Em 2024, o Brasil exportou US$ 68,8 milhões em embarcações, com os EUA representando 60% desse total, ou US$ 41,3 milhões. A Acobar (Associação Brasileira dos Construtores de Barcos e Seus Implementos) está em diálogo com entidades como Amcham e CNI para tentar reverter a decisão. Até maio deste ano, as exportações totalizaram US$ 25,8 milhões, uma queda de 22% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Impacto das Tarifas

As tarifas americanas impactam diretamente a competitividade do setor, que já enfrenta pressões devido às oscilações cambiais. O CEO da Azimut Yachts Brazil, Francesco Caputo, destacou que a valorização de 19,5% do euro em relação ao real complicou ainda mais a situação. O setor, que tradicionalmente realiza dois reajustes anuais nos preços, agora precisa ajustar os valores com mais frequência para lidar com os custos crescentes.

Além disso, o mercado americano, que já representou 53% das exportações nos primeiros meses de 2023, viu sua participação cair para 48% neste ano. Caputo enfatizou que a intenção não é repassar integralmente os custos aos clientes, para não desestimular a demanda.

Oportunidades na Argentina

Apesar das dificuldades, há um sinal positivo com a recuperação das exportações para a Argentina. Após anos de restrições, a Azimut já fechou vendas no país vizinho, incluindo um modelo vendido por R$ 18,9 milhões. O fim do controle cambial sobre o dólar na Argentina, anunciado em abril, abre novas possibilidades para o setor.

O mercado argentino, com uma rica tradição náutica, pode se tornar um novo foco para os estaleiros brasileiros. A Acobar e os fabricantes estão otimistas com essa reabertura, que pode ajudar a compensar as perdas esperadas com as tarifas nos EUA.

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