31 de jul 2025
Bradesco projeta crescimento na carteira do agro com inadimplência controlada
Bradesco expande crédito rural com aquisição de 50% do Banco John Deere, mantendo inadimplência sob controle em meio a desafios econômicos

Produtores buscam recuperar as perdas de safras passadas com a valorização de commodities e o aumento da colheita (Foto: Bloomberg/Patricia Monteiro)
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O agronegócio brasileiro enfrenta um aumento nas recuperações judiciais, gerando preocupações nas instituições financeiras, como o Banco do Brasil e o Bradesco, sobre a inadimplência no setor. No entanto, o Bradesco anunciou um crescimento em sua carteira de crédito rural, mantendo a inadimplência sob controle e adotando uma política conservadora na concessão de crédito.
Em junho, a carteira rural do Bradesco alcançou R$ 36,123 bilhões para pessoas físicas e R$ 43,298 bilhões para pessoas jurídicas, representando um crescimento de 89,1% e 23,1%, respectivamente, em relação ao ano anterior. O CEO do Bradesco, Marcelo Noronha, afirmou que a inadimplência está "absolutamente controlada" e que o banco opera com crédito colateralizado, garantindo maior segurança nas operações.
Aquisição e Expansão
A recente aquisição de 50% do Banco John Deere é uma das estratégias do Bradesco para expandir sua atuação no setor agrícola, oferecendo crédito a produtores rurais e impulsionando as vendas de máquinas agrícolas. Noronha destacou que o banco não concede crédito a culturas com maior risco sem garantias adequadas, reforçando uma abordagem conservadora.
Com a taxa Selic em 15% ao ano, o Bradesco mantém uma postura cautelosa, priorizando modalidades de crédito mais seguras. O crédito consignado, especialmente no setor público, continua sendo uma aposta importante, com o banco afirmando ter uma participação superior à do INSS.
Desafios e Expectativas
Apesar dos desafios do cenário macroeconômico, Noronha expressou confiança na trajetória de rentabilidade do banco, com o Return on Equity (ROE) alcançando 14,6% no segundo trimestre, em comparação a 11,4% no ano anterior. O executivo acredita que os indicadores de risco permanecerão dentro dos padrões esperados até o final do ano.
O Bradesco se mostra otimista em relação ao futuro, mesmo diante de um ambiente econômico desafiador e questões geopolíticas. As ações do banco apresentaram uma leve queda de 0,83% nesta quinta-feira, mas acumulam alta de 36% no ano.
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