Dicas essenciais para alugar imóveis em Belém durante a COP 30

A COP 30 ocorrerá em Belém, aumentando a demanda por hospedagem na região, que já enfrenta escassez de leitos. Especialistas alertam para a possibilidade de práticas abusivas e golpes no setor. A corretora de imóveis Andréa Martins destaca que muitos proprietários estão inflacionando preços e utilizando fotos falsas em anúncios.

Apesar da preocupação, a Polícia Civil do Pará e o Procon Pará não registraram denúncias sobre abusos até o momento. O governo local busca soluções para os altos preços das diárias, que podem chegar a valores exorbitantes. Um hotel que cobrava R$ 70 em 2023 agora aparece com diárias de até R$ 6,3 mil.

Dicas para Evitar Problemas

A corretora Andréa Martins recomenda algumas práticas para evitar problemas na locação. Entre elas, verificar se o corretor é credenciado pelo Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Creci), solicitar documentação do imóvel, realizar chamadas de vídeo para confirmar a existência do local e exigir um contrato formal. “Se o proprietário for sério, ele não vai se recusar a fazer um contrato”, afirma Martins.

A hospedagem em residências representa 60% dos leitos disponíveis para a COP 30, com mais de 20 mil opções sendo oferecidas via Airbnb. Mesmo em plataformas conhecidas, há riscos de golpes, como cancelamentos de anúncios em favor de quem paga mais.

Situação do Mercado

O presidente da COP 30, André Corrêa do Lago, reconheceu que os preços em Belém estão acima do esperado. A região metropolitana tinha cerca de 24 mil leitos até junho, e a expectativa é receber 50 mil pessoas durante o evento. Alternativas como cruzeiros e motéis estão sendo consideradas para ampliar a oferta de hospedagem.

Embora os preços estejam elevados, é possível encontrar opções mais acessíveis. O diretor da Plataforma 091, Jorge Bentes, afirma que a realidade do mercado é diferente da apresentada por alguns proprietários que tentam lucrar com a demanda. A plataforma oficial de hospedagens do governo oferece diárias a partir de R$ 1,1 mil, mas ainda há reclamações sobre os valores.