Política eficaz reduz déficit habitacional e melhora acesso à moradia digna

O Brasil ainda enfrenta um déficit habitacional significativo, que, embora tenha diminuído de 6,2 milhões para 5,9 milhões de moradias entre 2022 e 2025, continua a ser um desafio estrutural. A situação é especialmente crítica para famílias de baixa renda, que têm dificuldade em acessar crédito e realizar o sonho da casa própria.

Entre 2022 e 2024, os subsídios estaduais, conhecidos como "cheques estaduais", beneficiaram mais de 50 mil famílias. Esses auxílios têm se mostrado fundamentais para impulsionar a construção civil e facilitar a compra de imóveis. Programas como Casa Paulista, no estado de São Paulo, e Amazonas Meu Lar, no Amazonas, operam em conjunto com o programa federal Minha Casa, Minha Vida, ampliando o alcance das políticas habitacionais.

A construtora MRV, referência em imóveis populares, registrou um crescimento de 18% na receita, com 22,8% de suas vendas realizadas com o apoio dos "cheques estaduais". Em São Paulo, mais de 12.200 unidades da MRV estão aptas a se enquadrar no programa Casa Paulista, o que representa 94% do estoque da empresa no estado. Thiago Ely, diretor comercial da MRV, destaca que essa integração de programas é crucial para tornar a compra de imóveis mais viável.

Impacto Econômico

Os "cheques estaduais" não apenas facilitam o acesso à moradia, mas também movimentam a economia. Eles geram empregos diretos e indiretos no setor da construção civil, estimulando a demanda por novos empreendimentos. A MRV atua como intermediária, orientando os clientes sobre os programas disponíveis e auxiliando na documentação necessária.

Esses subsídios têm um impacto positivo na arrecadação de impostos e contribuem para a redução do déficit habitacional. Em um país com desigualdades marcantes, os "cheques estaduais" representam uma política pública capaz de transformar realidades, oferecendo segurança e dignidade a milhares de famílias. Se mantidos e expandidos, esses programas podem acelerar ainda mais a queda do déficit habitacional, tornando a moradia digna um direito acessível a todos.