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Dinheiro e fé: a complexa relação entre juros e a visão cristã ao longo da história

A relação entre juros e usura no cristianismo evolui com o capitalismo, desafiando interpretações bíblicas e práticas financeiras atuais.

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
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A discussão sobre juros e usura no cristianismo está em alta, com teólogos analisando como o capitalismo influenciou a interpretação bíblica. Historicamente, a Igreja condenou a cobrança de juros, considerando-a injusta, especialmente quando excessiva. O sociólogo Francisco Borba Ribeiro Neto observa que a visão da Igreja mudou, passando a ver o empréstimo como uma parceria, não apenas como exploração. A Bíblia proíbe a cobrança de juros entre irmãos, destacando a importância da solidariedade. O historiador Gerson Leite de Moraes explica que a usura é vista como ganância, refletindo preocupações com justiça social em sociedades antigas. Com o surgimento do capitalismo, a Igreja precisou se adaptar. O teólogo Domingos Zamagna aponta que, embora a usura fosse considerada pecado, a prática de cobrar juros foi reinterpretada. A partir do século 12, a Igreja começou a aceitar juros em certas situações, especialmente em contextos comerciais. A Reforma Protestante também influenciou essa discussão, com Martinho Lutero e João Calvino inicialmente condenando a usura, mas depois a ética protestante passou a ver o lucro como algo positivo. Hoje, muitos teólogos fazem a distinção entre juros justos e abusivos, refletindo a complexidade do sistema financeiro atual.

A discussão sobre juros e usura no cristianismo tem ganhado destaque, com teólogos analisando como a lógica capitalista influenciou a interpretação bíblica. Historicamente, a Igreja condenou a cobrança de juros, considerando-a uma prática injusta, especialmente quando exorbitante. O sociólogo Francisco Borba Ribeiro Neto destaca que a visão da Igreja evoluiu, passando a ver o empréstimo como uma parceria, não apenas uma exploração.

A Bíblia contém passagens que proíbem a cobrança de juros entre irmãos, enfatizando a solidariedade. Em Levítico, por exemplo, é dito que não se deve cobrar juros de um irmão necessitado. O historiador e teólogo Gerson Leite de Moraes ressalta que a usura é vista como ganância, refletindo uma preocupação com a justiça social nas sociedades antigas, onde a dívida podia levar à escravidão.

Com o advento do capitalismo, a Igreja teve que se adaptar. O teólogo Domingos Zamagna explica que, enquanto a usura era considerada um pecado, a prática de cobrar juros foi reinterpretada. A partir do século doze, a flexibilização começou a surgir, e a Igreja passou a aceitar juros em certas condições, especialmente em contextos comerciais.

A Reforma Protestante também impactou essa discussão. Martinho Lutero e João Calvino inicialmente condenaram a usura, mas com o tempo, a ética protestante passou a ver o lucro como algo positivo. Atualmente, muitos teólogos consideram a distinção entre juros justos e abusivos, refletindo a complexidade do sistema financeiro moderno.

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