11 de jul 2025
Líbano define sua posição sobre as relações com Israel
Presidente libanês reafirma que o Líbano não busca normalizar relações com Israel e prioriza um estado de não guerra.
O presidente libanês Joseph Aoun observa durante uma reunião com o presidente de Chipre, Nikos Christodoulides, no Palácio Presidencial na capital Nicosia, Chipre, na quarta-feira, 9 de julho de 2025. (Foto: AP Photo/Petros Karadjias, Pool)
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BEIRUTE — O presidente libanês Joseph Aoun declarou que o Líbano não tem planos de normalizar relações com Israel, enfatizando que o objetivo principal é alcançar um "estado de não guerra" com o vizinho do sul. As declarações foram feitas em meio a um contexto de tensões históricas entre os dois países, que estão em estado de guerra desde 1948.
Aoun destacou que apenas o Estado libanês terá controle sobre as armas no futuro, referindo-se ao Hezbollah, que tem sido um ponto de discórdia desde a retirada israelense do sul do Líbano em 2000. O presidente afirmou que a decisão sobre a guerra caberá ao governo libanês, reforçando a ideia de que a normalização com Israel não faz parte da política externa atual do Líbano.
Tensão Regional
As declarações de Aoun ocorrem em um momento em que a administração dos EUA tenta expandir os Acordos de Abraão, que resultaram em pactos históricos entre Israel, os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein em 2020. Em contraste, o Líbano mantém uma postura firme contra qualquer aproximação com Israel, mesmo diante de conversas indiretas entre Síria e Israel para evitar conflitos na fronteira.
A situação se agrava com a recente escalada de violência, que se intensificou após o ataque do Hamas em outubro de 2023. O Hezbollah, que já enfrentou Israel em duas guerras, continua a ser um ator central na dinâmica de segurança da região, apesar de alegar ter encerrado sua presença armada perto da fronteira.
Desdobramentos Futuros
Aoun enfatizou que "a paz é o estado de não guerra", sublinhando a necessidade de estabilidade no Líbano. A situação permanece delicada, com o governo libanês sob pressão para lidar com a questão do desarmamento do Hezbollah, especialmente após a visita do enviado dos EUA, Tom Barrack, que se mostrou satisfeito com as respostas do governo libanês a propostas de desarmamento.
O Líbano enfrenta um cenário complexo, onde a busca por um estado de paz se choca com a realidade de um Hezbollah fortemente armado e a contínua presença militar israelense nas proximidades. As tensões entre os dois países, portanto, permanecem elevadas, com o futuro das relações bilaterais incerto.
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