Atentado durante culto na Nigéria deixa pastor e fiéis mortos a tiros

Em um novo episódio de violência religiosa na Nigéria, extremistas islâmicos atacaram uma igreja em Katsina, resultando na morte de um pastor e um fiel, além do sequestro de uma mulher. O ataque ocorreu durante um culto noturno na Igreja Batista Bege, na vila de Yaribori, onde cerca de 15 a 20 homens armados invadiram o local, disparando contra o Rev. Emmanuel Na’allah Auta e Mallam Samaila Gidan Taro.

Testemunhas relataram que o pastor estava liderando um culto quando foi baleado. Membros da congregação destacaram que Gidan Taro era um importante convertido do islamismo e que Na’allah trabalhava pela reconciliação entre muçulmanos e cristãos na comunidade. A violência não se restringe a Katsina; no estado de Plateau, 20 cristãos foram mortos em ataques coordenados por terroristas Fulani.

Os ataques em Plateau têm sido devastadores. Desde maio, 80 cristãos foram mortos e dezenas de casas destruídas. Em um dos incidentes, terroristas atacaram uma fazenda, resultando na morte de um pai que estava com seu filho. Em outro ataque, três cristãos foram mortos enquanto trabalhavam na lavoura. As autoridades militares confirmaram os ataques e enviaram reforços para as áreas afetadas.

A situação na Nigéria continua alarmante, com o país figurando entre os mais perigosos para cristãos, segundo a Lista Mundial da Perseguição de 2025. Cerca de 69% dos cristãos mortos por sua fé em todo o mundo estão na Nigéria. A violência, impulsionada por grupos jihadistas como Boko Haram e ISWAP, tem se espalhado, afetando comunidades em diversas regiões. A crescente insegurança e os sequestros para resgate se tornaram uma realidade cotidiana, exacerbando a crise humanitária no país.