Luta pela preservação de templo hindu para vozes esquecidas ganha força

O templo Shri Shakti Mariammaa, fundado em 2008 em Queens, enfrenta a possibilidade de fechamento devido à necessidade de mais de $150.000 em melhorias para atender a exigências legais. O alerta surgiu após queixas de um vizinho sobre barulho durante os cultos, levando a cidade a exigir que o templo se registre como um espaço comunitário.

Localizado em uma antiga fábrica, o templo é um espaço de adoração para a comunidade indo-caribenha, onde a deusa Kali é venerada. A sacerdotisa Chandni Kalu descreve a prática como "muito rural, muito de vila", destacando a conexão espiritual intensa que os frequentadores sentem. O templo se destaca por ser inclusivo, acolhendo casais do mesmo sexo e oferecendo abrigo a mulheres em situações difíceis.

A fundadora Sharda Ramsami enfatiza que o templo é um "templo de cura", onde as pessoas buscam ajuda em momentos de desespero. No entanto, a situação atual é preocupante. O templo precisa de melhorias significativas em infraestrutura, como eletricidade e segurança, para evitar a desocupação.

Em 2018, uma reclamação de barulho resultou em uma multa, mas a situação se agravou com novas queixas. O vizinho, que vive próximo ao templo, expressou seu descontentamento com a presença do local, preferindo um bar em vez de um espaço de culto. A construção de uma cerca de 12 pés entre as propriedades complicou ainda mais a situação.

A comunidade se mobiliza para arrecadar fundos por meio de uma campanha no GoFundMe, com apoio de organizações que utilizam o espaço do templo. Rohan Narine, organizador da Hindus for Human Rights, destaca a importância do templo como um espaço de espiritualidade autêntica e acessível, onde a diversidade da prática hindu é celebrada.